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Politécnicos lamentam menos candidatos

O representante dos Institutos Politécnicos lamentou hoje a redução de candidatos ao ensino superior, mas saudou o aumento de alunos que optam por estudar num politécnico e conseguem entrar na primeira escolha.

Politécnicos lamentam menos candidatos
Notícias ao Minuto

15:45 - 27/09/18 por Lusa

País DGES

Segundo os últimos dados da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), este ano candidataram-se menos alunos nas duas fases do concurso nacional de acesso: No total são 46.070 novos estudantes.

Para o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Pedro Dominguinhos, "a diminuição de candidatos era espectável", tendo em conta a tendência de diminuição de alunos a frequentar o ensino secundário que se tem registado nos últimos anos.

"Só quatro em cada dez jovens chegam ao ensino superior", lamenta o responsável, em declarações à agência Lusa.

Mas nem tudo são más notícias. Pedro Dominguinhos salienta o aumento de alunos que consegue uma vaga no curso e na instituição que tinham escolhido como primeira opção.

Os dados conhecidos hoje sobre a segunda fase de acesso revelam que foram colocados 9.452 estudantes (4.796 em politécnicos e 4.656 em universidades) e que aumentaram os estudantes que conseguiram vaga na sua 1.ª opção (43%).

Segundo a DGES, nesta 2.º fase candidataram cerca de 17 mil alunos (quase menos dois mil que no ano passado) às quase 12.500 vagas. Mesmo assim, sobraram cerca de cinco mil vagas.

Pedro Dominguinhos sublinha que o concurso nacional de acesso (CNA) é "apenas uma das formas" possíveis para entrar no ensino superior, havendo outros concursos que representam "um número significativo de ingressos".

Além dos cerca de 45 mil novos estudantes que chegam ao ensino superior através do concurso nacional de acesso, a DGES estima que ingressem outros 28 mil quando consideradas as restantes vias de ingresso, segundo a DGES.

Muitos alunos chegam ao ensino superior através dos concursos dirigidos aos "maiores de 23 anos", aos titulares de diploma de especialização tecnologia, aos que têm um diploma de técnico superior profissional ou outros cursos superiores.

Há ainda o concurso especial para estudantes internacionais que, segundo o presidente do CCISP, é muito importante para as instituições, uma vez que "tem havido um aumento significativo de alunos internacionais".

Sobre o impacto da medida levada a cabo este ano pelo Governo, de reduzir em 5% as vagas nas universidades e politécnicos de Lisboa e do Porto, Pedro Dominguinhos considera que ainda é cedo para se perceber os efeitos da decisão.

"Essas medidas não podem ser avaliadas em apenas um ano", afirma.

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