Proteção Civil apela à população para não ter comportamentos de risco
A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) apelou hoje para que a população adeque os seus comportamentos às condições meteorológicas existentes, numa altura em que 13 distritos estão em alerta especial vermelho, devido ao aumento do risco de incêndio.
© Lusa
País ANPC
Em declarações esta tarde aos jornalistas na sede da ANPC, em Carnaxide, concelho de Oeiras, o adjunto de Operações Nacional da ANPC Alexandre Penha alertou para um quadro meteorológico com "muito calor e vento seco", que aumenta o risco da ocorrência de incêndios.
"Este quadro meteorológico associado com comportamentos que não sejam adequados a este risco de incêndio podem fazer com que haja o início de ocorrência de incêndios florestais e uma propagação mais rápida. Por isso a Autoridade deseja dirigir um apelo à população de forma a que colabore connosco e adeque os seus comportamentos ao risco que está presente no terreno", apontou.
Entre esses comportamentos está o "evitar a realização de trabalhos agrícolas que impliquem a utilização de máquinas que possam fazer chispas", assim como não fazer queimadas.
"Tecnicamente estamos no outono, mas aquilo que se vive neste quadro meteorológico é algo totalmente diferente e faz com que o risco seja maior. Faz com que o combustível esteja mais disponível para arder e que qualquer ignição rapidamente tenha uma maior programação e difícil controlo", reiterou.
Face a esta situação, o responsável explicou que após uma reunião realizada esta manhã com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA foi decidido colocar os distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Porto, Portalegre, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu no nível máximo de alerta.
Simultaneamente, a ANPC elevou para nível laranja de alerta -- o segundo mais grave-os distritos de Beja, Évora, Faro, Lisboa e Setúbal.
Aludindo à situação verificada há um ano, Alexandre Penha disse que o quadro atual é "menos gravoso do que o verificado no dia 15 de outubro de 2017 (considerado o pior dia do ano em termos de incêndios florestais), mas apresenta algumas semelhanças".
"Tal como o ano passado estamos a assistir a um calor fora da época e como tal queremos evitar situações como aquelas que ocorreram", apontou.
Entretanto, numa nota divulgada pelo Ministério da Administração Interna, o Governo adianta que a declaração da situação de alerta nos 13 distritos estará ativa entre as 18:00 de hoje e as 23:59 do dia 3 de outubro, sendo elevado o grau de prontidão e resposta operacional por parte da GNR e da PSP.
Será ainda instalado um reforço de meios para operações de vigilância, fiscalização, patrulhamentos dissuasores de comportamentos e de apoio geral às operações de proteção e socorro que possam vir a ser desencadeadas, sendo autorizada a interrupção da licença de férias e/ou suspensão de folgas e períodos de descanso.
Além disso, é feito um aumento do grau de prontidão e mobilização de equipas de emergência médica, saúde pública e apoio psicossocial, e a mobilização em permanência das equipas de sapadores florestais, dos agentes florestais e dos vigilantes da natureza.
As entidades ligadas às telecomunicações e à energia também deverão aumentar o nível de prontidão das suas equipas enquanto os trabalhadores que também sejam bombeiros voluntários serão dispensados dos seus trabalhos na administração pública e empresas privadas.
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