Caso Renato Seabra volta a estar na berlinda
O psicólogo norte-americano William Barr, uma das testemunhas de acusação no âmbito do julgamento do português Renato Seabra, foi notícia este fim-de-semana no The New York Times, uma vez que sobre ele recaem suspeitas de relações promíscuas com a procuradoria de Manhattan. O profissional já foi contratado mais de 100 vezes, defendendo sempre que os acusados não podiam gozar do estatuto de insanidade mental para a sua absolvição.
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País Testemunhas
Uma das testemunhas chave no âmbito do julgamento e consquente condenação do português Renato Seabra, que, recorde-se, assassinou Carlos Castro num hotel de Nova Iorque, está a dar que falar, destaca o semanário Expresso.
O The New York Times fez saber este fim-de-semana que sobre o psicólogo William Barr recaem suspeitas acerca da alegada manutenção de relações promíscuas com a procuradoria de Manhattan, isto porque há 13 anos que o especialista colabora com aquela entidade estatal, tendo sido contratado mais de 100 vezes para deitar por terra a teoria de insanidade mental que poderia absolver outros tantos arguidos.
O semanário Expresso diz ter tentado chegar à fala com Barr, mas sem sucesso, adiantando que a procuradoria de Manhattan se escusou a tecer comentários.
Por sua vez, Jeffrey Singer, também psicólogo e que testemunhou a favor da tese de insanidade mental de Seabra, sublinha, em declarações ao Expresso, que esteve em "total desacordo" com Barr, aliás, à semelhança de outros 20 profissionais que atestavam a insanidade do modelo português no momento do crime.
William Barr, lembra Singer, chegou a questionar em tribunal a validade da obra que é tida como a ‘bíblia’ da psicologia norte-americana, 'Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders', a qual defende que as crises de insanidade podem ser súbitas.
Ora, o argumento que Barr forneceu em tribunal consistia justamente no facto de Seabra ter encenado aquele episódio, tendo em conta que não tinha qualquer historial de doenças mentais.
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