Um homossexual não deve trabalhar com jovens rapazes, defende professor
Professor catedrático de Direito da Universidade de Lisboa defende, numa das suas obras, que homossexuais não devem trabalhar com jovens rapazes e que uma mulher recém casada não pode ser contratada como modelo.
© Wikimedia Commons
País Direitos
António Menezes Cordeiro, professor catedrático da Faculdade de Direito de Lisboa, defende numa obra sua que “a vida íntima de uma pessoa” pode, a qualquer momento, ser conhecida e, assim sendo, pode prejudicar a imagem de uma empresa.
Até aqui tudo certo. A polémica surge por causa dos exemplos dados na obra, e que o site ‘Coisas do Género’ denuncia, nomeadamente a ideia de que um homossexual não deve trabalhar com jovens, e a ideia de que uma mulher recém-casada não pode ser contratada como modelo.
Abaixo, pode ler o excerto em causa, que consta do manual universitário Direito do Trabalho I:
(…) "A vida íntima de uma pessoa pode, em qualquer momento, ser conhecida; e sendo-o, pode prejudicar a imagem de uma empresa. Assim, como exemplos: Para quem pretenda lidar com valores, melhor será que não tenha cadastro e que não esteja insolvente; um homossexual não será a pessoa indicada para vigilante noturno num internato de jovens rapazes; uma recém-casada não pode ser contratada como modelo; um alcoólico fica mal num bar, o mesmo sucedendo com um tuberculoso numa pastelaria ou com um esquizofrénico num infantário. Não vale a pena fazer apelos ao politicamente correto, nem crucificar os estudiosos que se limitem a relatar o dia-a-dia das sociedades: o Direito vive com factos e não com ideologias.”
Ao jornal Público, o professor explicou que os exemplos dados “são comuns em qualquer obra” sobre direito de trabalho em “vários países”. Recusou que o seu livro tenha “qualquer conteúdo sexista" e defendeu ainda que se discute apenas “a adequação do perfil à função”.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com