Assembleia de Lisboa recomenda soluções de estacionamento para Benfica
A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) aprovou hoje por unanimidade uma recomendação da Comissão Permanente de Transportes, Mobilidade e Segurança, que visa criar soluções de estacionamento na freguesia de Benfica.
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País AML
A recomendação resulta de uma petição, com 319 assinaturas, que denunciava "a falta de lugares de estacionamento na freguesia de Benfica", as "ações persecutórias da Polícia Municipal" cometidas naquela zona e que exigia mais lugares de estacionamento.
Após a apreciação da petição, o grupo de trabalho da AML dedicado à mobilidade na cidade recomenda à Câmara "que efetue um estudo exaustivo dos problemas de estacionamento existentes nesta zona da freguesia de Benfica" e que "assegure, sempre, a circulação sem dificuldades de veículos pesados prioritários e de recolha de lixo".
O documento solicita também que a Câmara Municipal de Lisboa (CML), liderada pelo socialista Fernando Medina, "garanta a acessibilidade a todos os cidadãos, em cumprimento do Plano de Acessibilidade Pedonal, que foi aprovado por unanimidade quer pela CML, quer pela AML".
A recomendação pede que a autarquia efetue diligências "para que, em conjunto com a Junta de Freguesia de Benfica, sejam encontradas soluções de estacionamento" naquela zona "e que essas soluções sejam as mais consensuais, cumprindo a lei" e minimizando "os impactos negativos da notória falta de estacionamento".
A petição, datada em 18 de abril, destacava que não pretende com estas reclamações legitimar a presença da EMEL em Benfica, notando "que não resolveria o problema fundamental que é a escassez de área útil para estacionamento".
Intervindo na sessão plenária de hoje, a presidente da Junta de Freguesia de Benfica, Inês Drumond (PS), admitiu que os "mais 1.400 lugares de estacionamento" criados são "manifestamente insuficientes", acrescentando que alguns moradores "com falta de civismo às vezes estacionam em cima dos passeios".
Ricardo Moreira, do BE, defendeu que "é necessário regular o estacionamento para garantir que os peões têm direito de circulação" e sublinhou que "tem de haver uma aposta mais forte nos transportes públicos".
O deputado municipal do MPT Mário Freitas afirmou que as "últimas obras de requalificação urbana eliminaram muitos lugares de estacionamento sem alternativas ou soluções", destancando que a situação tem ser resolvida com urgência "e sem esquecer a população idosa de Benfica, legítima utilizadora dos seus veículos automóveis".
Por seu turno, Diogo Moura, do CDS-PP, ao contrário do que defendem os moradores, acredita que a entrada da EMEL "é sempre positiva", na medida em que "defende os residentes daqueles que vêm de fora estacionar".
O deputado ressalvou, no entanto, que não devem existir zonas subdivididas dentro da mesma freguesia.
Já o deputado do PCP Fernando Correia considerou que a EMEL não é "o remédio para todos os problemas de estacionamento em Lisboa", reforçando que "tem de haver muito diálogo com as pessoas".
Cláudia Madeira, do PEV, reiterou que "a Câmara e a Junta de Freguesia, sempre em articulação com os moradores, devem estudar efetivamente a melhor forma de criar mais estacionamento", e o deputado Miguel Santos, do PAN, referiu que há uma "medida básica que é saber quais são as necessidades da população em termos reais das várias zonas da freguesia [de Benfica]".
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