"Ultrapassadas recriminações", Marcelo recebe convite para ir a Angola
O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa recebeu, ao final da manhã desta quinta-feira, o homólogo angolano, João Lourenço, no Palácio de Belém. O chefe de Estado português, que disse que "adoraria" ser convidado para ir a Angola, esperou poucos dias até efetivamente receber o convite em pessoa. Assim, no próximo ano, é a vez de Marcelo 'pisar' solo angolano.
© Global Imagens
País Palácio de Belém
"A visita de João Lourenço a Portugal encerra um intervalo longo demais nas visitas recíprocas dos dois chefes de Estado. E ao mesmo tempo, inicia um novo e promissor ciclo". Estas foram as primeiras palavras do Presidente da República dirigidas a João Lourenço, no Palácio de Belém.
No entender de Marcelo, este novo ciclo de relação entre Portugal e Angola tem “três dimensões que se completam”. A primeira, “a presidência de vossa excelência”.
“A governação dos povos tem sempre presente a marca dos governantes, a personalidade e o programa presidencial de vossa excelência representam essa marca”, afirmou o chefe de Estado português, enaltecendo as propostas de João Lourenço.
“Desejo de mudança, renovação geracional, revisão de métodos, equilíbrio financeiro, diversificação e crescimento económico, afirmação do Estado de Direito, combate à corrupção, projeção de futuro como potência regional no mundo”, enumerou.
A segunda dimensão, destacou Marcelo, respeita ao Estado e relaciona o Estado angolano com o Estado português. E, neste aspeto, o Presidente português realçou o virar de página nas relações entre os dois países.
“Ultrapassadas recriminações, suspeições, incompreensões - umas muito antigas outras mais recentes -, assumida Angola como manifesta e crescente relevância em todas as latitudes e longitudes, mais fácil é encontrar caminhos que se completem e estreitem com Portugal (...) Cada vez mais destinados a agirmos com fecunda cumplicidade”, enfatizou.
Finalmente, “a dimensão das dimensões deste novo ciclo, a dimensão dos povos”. E aqui o chefe de Estado português sublinhou que “os políticos servem os Estados para servirem os povos”. “Por isso é bom que os acordos a celebrar amanhã na educação, na saúde, na cultura, na justiça, na economia e nas finanças serviam necessidades concretas dos povos”, realçou Marcelo, antes de passar a palavra ao Presidente angolano, que anunciou a visita do chefe de Estado português a Angola para o próximo ano.
No próximo ano, será a vez de Marcelo visitar Angola
O Presidente angolano, João Lourenço, anunciou depois, no seu discurso, que o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, vai visitar Angola no próximo ano, numa "data a acertar pelas diplomacias".
"Estamos a dar oportunidade de, durante a sua visita a Angola no próximo ano, em data que as diplomacias vão acordar, podermos também assinar instrumentos de cooperação que venham consolidar os nossos laços de amizade e cooperação económica", declarou o chefe de Estado angolano, que iniciou hoje uma visita de três dias a Portugal.
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