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Autarquia aguarda marcação de julgamento sobre extensão do metro à Trofa

O presidente da Câmara da Trofa revelou hoje que o Estado e a Metro do Porto já responderam à ação submetida pela autarquia reclamando contra o não cumprimento da extensão da linha de metro, aguardando agora a marcação do julgamento.

Autarquia aguarda marcação de julgamento sobre extensão do metro à Trofa
Notícias ao Minuto

20:09 - 06/12/18 por Lusa

País Trofa

"A Metro do Porto e o Estado Português já responderam a algumas questões que foram colocadas pelo tribunal, estamos à espera que seja agendado o julgamento. É isso que nós aguardamos muito expectantes", afirmou Sérgio Humberto em declarações, no Porto, à margem do Fórum "Os Desafios da AMP para a década 20/30 - Mobilidade e Sustentabilidade Urbana - Duas Experiências de Espanha".

Segundo o autarca, algumas das explicações dadas pelas duas entidades "são completamente disparatadas" voltando a protelar a chegada do metro à Trofa por tempo indefinido.

"Algumas delas completamente disparatas. Tais como não tem responsabilidades porque o metro até à Trofa estava numa primeira fase e a seguir passou para uma segunda e que pensam fazer no futuro. Daqui a 20 anos? Não, isto já devia ter sido feito há dez anos, aquilo é para ontem", sublinhou.

Sérgio Humberto recorda que a Trofa tem um Plano Diretor Municipal (PDM) feito em função de um canal com metro que não existe, o que tem vindo a penalizar as populações daquele território.

"Há pessoas que não podem construir o que quer que seja, tem terrenos em área não edificável, enquanto não chegar o metro. Tem as vidas travadas. Há um caso de uma pessoa que tem um único terreno que foi herdado e que não lhe dizem se podem construir ou não podem construir, porque ele tem uma reserva do metro", acrescentou.

O presidente da Câmara da Trofa lembrou ainda que, há cerca de um ano, todos os partidos votaram na Assembleia da República, uma resolução a favor da vinda do metro até à Trofa, "mas menos de 15 dias depois, o Ministro do Ambiente veio dizer que metro até à Trofa nunca", pelo que, sublinhou, à autarquia não restou outra saída se não colocar o estado português e a metro do Porto em tribunal.

"Faço a questão: onde é que foram utilizados os fundos comunitários que estavam previstos e que foram disponibilizados à Metro do Porto e ao Estado Português para levar o metro até à Trofa, onde é que foram utilizados? Era para utilizar ali, não noutro local e, portanto, há que fazer uma investigação às contas da Metro e do Estado e porque é que não há metro ate à Trofa", defendeu.

A 14 de julho de 2017, quinze anos depois de ter sido retirado o comboio da via estreita, a Câmara Municipal da Trofa submeteu uma ação contra o Estado Português e contra a Metro do Porto, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel, reclamando o não cumprimento da expansão da linha do metro até à Trofa que estava consagrada deste no projeto inicial.

Das quatro linhas originárias da primeira fase, projetadas em 1996 no Sistema de Metro Ligeiro da Área Metropolitana do Porto) e construídas pela Metro do Porto, só a linha Campanhã/Maia (ISMAI)/Trofa não foi construída em toda a sua extensão.

Desde fevereiro de 2002, que o serviço ferroviário na linha da CP da Trofa está encerrado, encerramento justificado, à data, com o argumento de tal permitir a construção da linha do metro, sobre o ramal existente, nomeadamente a ligação da Estação da Trindade (no Porto) à Trofa.

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