Militares portugueses "só registaram histórias positivas" no Afeganistão
O comandante da primeira força nacional destacada para o teatro de operações do Afeganistão disse hoje que houve situações difíceis de gerir, embora só haja "histórias positivas a registar" durante a missão de seis meses com 148 militares.
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"Houve situações difíceis de gerir, mas os nossos militares com o treino que realizámos no nosso país e com a preparação que nós damos no nosso exército foram capazes de responder a todas as ameaças de uma forma eficaz", notou o major João Pais.
Em declarações aos jornalistas, depois da cerimónia oficial de receção da 1.ª Força Nacional Destacada, que esteve no Afeganistão, que aconteceu hoje em Viseu, o major explicou que a principal missão era assegurar a segurança do Aeroporto Internacional Hamid Karzai, em Cabul.
"Os momentos de risco são diários, o teatro de operações é um teatro complexo onde a ameaça é permanente e a qualquer momento havendo uma abertura ou uma falha no nosso sistema de segurança e qualquer ameaça pode penetrar dentro do aeroporto", explicou o comandante da força agora regressada.
Uma missão que o major Pais considerou "bem-sucedida" e que decorreu ao longo de seis meses, de 07 de maio a 14 de novembro, e envolveu 148 militares, com oito oficiais, 17 sargentos e 123 praças, provenientes da Brigada de Intervenção, e entre os quais três são do sexo feminino.
"Só tenho histórias positivas a registar, muitas histórias, todos os dias nós aprendemos com os nossos militares, com a vivência diária, não só com eles, mas também com as outras nacionalidades, e todos os dias vamos aprendendo algo de novo e melhorando a nossa vida", disse.
O major João Pais enalteceu ainda o papel dos militares portugueses que "fazem muita diferença, pela característica inata dos portugueses, sabem estar em qualquer momento, sabem respeitar as outras culturas e as outras nacionalidades e esse modo de estar tão característico dos portugueses faz sobressair os portugueses perante outras nacionalidades".
Esta primeira unidade saída de Viseu já foi substituída por uma segunda força nacional que saiu de Santa Margarida e, a terceira força já iniciou o seu aprontamento no Regimento de Cavalaria 6 em Braga, adiantou aos jornalistas o major Pais que anunciou que "alguns destes militares irão para esse aprontamento dessa força" para assim regressarem ao Afeganistão.
"É um momento único na carreira de um militar poder ter a honra de comandar uma força como esta e, para mim, abracei este projeto, da primeira força nacional destacada a projetar para o teatro de operações do Afeganistão com profissionalismo e honra por representar o nosso país num teatro tão exigente como o do Afeganistão", resumiu o major Pais.
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