Desobediência e resistência à autoridade na origem de detenções em Lisboa
A detenção de três manifestantes esta manhã zona do Marquês de Pombal, em Lisboa, no âmbito do protesto dos "coletes amarelos", deveu-se a "desobediência, resistência e coação à autoridade", informou a Direção Nacional (DN) da PSP.
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País Coletes amarelos
Em comunicado, a DN da PSP explicou que, "na sequência dos protestos a decorrer a nível nacional, a Polícia de Segurança Pública (PSP) procurou manter o equilíbrio entre o direito dos manifestantes e o direito à livre circulação de veículos e dos restantes cidadãos".
Os detidos são três homens, que vão ficar à guarda da PSP até que esta força de segurança comunique ao Ministério Público a ocorrência.
"Infelizmente, no Marquês de Pombal foi necessário subir o nível de intervenção para garantir a circulação automóvel e a segurança dos próprios manifestantes. Na sequência da intervenção policial, foram efetuadas três detenções por desobediência, resistência e coação à autoridade", acrescentou a nota da DN da PSP.
A PSP mantém o apelo aos manifestantes "para que sigam as diretrizes e orientações" da polícia, "de forma a que os protestos se realizem em segurança".
A concentração de dezenas "coletes amarelos" no Marquês de Pombal, em Lisboa, tem sido marcada por alguns momentos de tensão entre os manifestantes e a polícia.
Os protestos dos "coletes amarelos" em Portugal foram convocados por vários grupos através das redes sociais, com inspiração nos movimentos contestatários das últimas semanas em França.
Um dos grupos, Movimento Coletes Amarelos Portugal, num manifesto divulgado na quarta-feira, propõe uma redução de impostos na eletricidade, com incidência nas taxas de audiovisual e emissão de dióxido de carbono, uma diminuição do IVA e do IRC para as micro e pequenas empresas, bem como o fim do imposto sobre produtos petrolíferos e redução para metade do IVA sobre combustíveis.
Não tolerando qualquer ato de violência ou vandalismo, este movimento, que se intitula como "pacífico e apartidário", defende também o combate contra a corrupção.
A lista das manifestações dos "coletes amarelos" na área de atuação da PSP somava 25 protestos em 17 locais das principais cidades do país.
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