Ferro Rodrigues quer reflexão sobre futuro do jornalismo no 25 de Abril
O presidente da Assembleia da República quer lançar por ocasião dos 45 anos do 25 de Abril de 1974 uma reflexão sobre "o futuro do jornalismo e a qualidade do espaço público nesta era das redes sociais".
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País Liberdade
Perante o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na abertura de uma conferência sobre "A educação e os desafios do futuro", na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Eduardo Ferro Rodrigues declarou-se "muito empenhado" em que este aniversário do 25 de Abril seja marcado por "uma reflexão profunda" sobre esta matéria.
"Sei que é um tema que preocupa igualmente o senhor Presidente da República", referiu Ferro Rodrigues.
Nesta conferência promovida pelo Conselho Nacional de Educação, o presidente da Assembleia da República enalteceu "a evolução recente de Portugal em matéria de educação", considerando que "é impressionante e é obra da democracia portuguesa".
"Obra da democracia portuguesa, importa dizê-lo, nestes tempos de branqueamento das ditaduras e de esquecimento fácil", afirmou.
No seu entender, Portugal deve prosseguir "este caminho do progresso" na educação, mas precisa agora de "colocar as novas tecnologias no centro da educação", para melhor enfrentar "as consequências das transformações tecnológicas que se avizinham".
Ferro Rodrigues defendeu que "o ensino da programação e das competências digitais deve estar no centro da renovação curricular dos próximos tempos".
"Este é, a meu ver, um contributo que a educação pode dar na resposta nacional aos desafios do futuro. Naturalmente, sem o contributo das outras políticas sociais, bem como da política fiscal, não será possível entrarmos nessa quarta revolução industrial sem graves crises de crescimento", acrescentou.
O presidente da Assembleia da República terminou a sua intervenção expressando preocupação com "uma quebra da relação afetiva dos mais jovens e dos mais excluídos com a democracia e com o progresso" que, no seu entender, se verifica atualmente com "dimensão alarmante e a uma escala global".
"A democracia é que tem a resposta. Tem de voltar a mostrar que é o melhor sistema para a promoção da mobilidade social e de um crescimento económico partilhado. É neste quadro que devem ser encontradas soluções para os desafios tecnológicos, quer em sede fiscal, quer em sede de políticas sociais", concluiu.
Segundo o antigo secretário-geral do PS, esta é uma "época de transição", a caminho "daquilo que alguns chamam a quarta revolução industrial, ligada ao advento da robótica, da automação e da inteligência artificial", e "há que preparar o futuro".
"O mercado de trabalho português é considerado, no quadro da União Europeia, dos mais permeáveis ao chamado desemprego tecnológico", apontou.
O antigo ministro do Trabalho e da Solidariedade sustentou que "a resposta passará muito pela educação, já que são os empregos mais qualificados, mais criativos, aqueles que vão perdurar mais no futuro".
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