Críticas à nomeação de Nóvoa para UNESCO: "Assunto relativamente menor"
António Sampaio da Nóvoa, embaixador de Portugal na UNESCO, considera que contestação do sindicato dos diplomatas nacionais à sua nomeação foi "um assunto relativamente menor" que nem sequer o fez hesitar na decisão de assumir o cargo em Paris.
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País Embaixadores
"Parece-me um assunto relativamente menor", assumiu o ex-candidato a Presidente da República, para sublinhar logo a seguir: "As decisões são ponderadas e não houve a mínima hesitação". concluiu.
Em entrevista à agência Lusa, quase nove meses depois de ter assumido o cargo de embaixador de Portugal na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), o antigo candidato à Presidência da República pronuncia-se pela primeira vez sobre as críticas que recebeu aquando a sua nomeação.
"O que verdadeiramente faz o interesse e a qualidade da diplomacia é que as pessoas vêm de formações muito diferentes. Há diplomatas médicos, juristas e histórias de vida diferentes. É essa riqueza que faz o enriquecimento da profissão e eu entendi, no caso da UNESCO - e não teria tomado essa decisão para nenhuma outra instância -, que estava numa fase da minha vida em que poderia vir a dar um contributo a esta organização", afirmou António Sampaio da Nóvoa.
Na altura, em comunicado enviado às redações, a Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses (ASDP) afirmou que a escolha do Governo para o cargo era "motivo de completa surpresa e estranheza", pedindo ao executivo para reconsiderar a proposta.
Desde que chegou às lides diplomáticas, lidando de perto não só com as outras representações da UNESCO em Paris, mas especialmente com o Ministério dos Negócios Estrangeiros português, Sampaio da Nóvoa só tem a "agradecer a colaboração absolutamente extraordinária" com esta classe profissional.
"A única coisa que tenho é de agradecer a colaboração absolutamente extraordinária, o acolhimento, a integração, as atitudes. É uma vida muito aberta, as pessoas são muito abertas, são muito cosmopolitas e percebem que o haver pessoas de outros mundos pode enriquecer esta vida diplomática", reconheceu o antigo reitor da Universidade de Lisboa.
António Sampaio da Nóvoa foi nomeado há cerca de um ano pelo Presidente da República, após proposta do Governo, para embaixador de Portugal junto da UNESCO, organização sediada em Paris.
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