Meteorologia

  • 16 NOVEMBER 2024
Tempo
19º
MIN 14º MÁX 22º

Ratos, baratas (e mais). São estas condições de trabalho na Conservatória

Trabalhadores da Conservatória dos Registos Centrais descrevem condições de higiene no trabalho "de terceiro mundo".

Notícias ao Minuto

20:22 - 15/02/19 por Melissa Lopes

País Registo

Trabalhadores dos Registos e do Notariado alertam para situação - que consideram ser de limite - que se vive na Conservatória dos Registos Centrais, em Lisboa.

Em causa estão as condições “deploráveis de segurança e higiene das instalações que colocam em risco a saúde de funcionários e de utentes”, queixam-se os trabalhadores, mediante um comunicado enviado às redações.

De acordo com as queixas destes trabalhadores, as condições de trabalho “limite” passam por ventilação a climatização deficientes, ausência de limpeza, falta de saídas de emergências e de rampas de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, bem como arquivos espalhados por todo o lado que impedem a livre circulação dos funcionários, instalações elétricas descarnadas em risco de acidente, níveis de ruído constantes e elevadores sem segurança.

Mas o pior, referem, encontra-se na cave do edifício (ver vídeo acima) onde o cenário “é de terceiro mundo”: “Ar irrespirável, resultado das poeiras acumuladas em processos com mais de 40 anos, livros com mais de 100 anos, cobertos de pós e bolores (aglomerados constituídos por fungos, mofo, poeiras, ácaros, etc...), humidade, baratas, ratos e infiltrações de esgotos”, descrevem. 

"Apesar da situação ser há muito do conhecimento da tutela e face à indiferença dos responsáveis, a pedido dos trabalhadores, uma unidade de saúde pública deslocou-se ontem, quinta-feira, ao local, aguardando-se com expetativa o respectivo relatório", pode ler-se no comunicado, que dá ainda conta de um plenário de trabalhadores da Conservatória dos Registos Centrais. 

Os trabalhadores reiteram que o estado de degradação das condições de trabalho é resultado: do"inexplicável desinvestimento nas instalações, quando o IRN,IP (Instituto de Registos e Notariado) fatura 600 milhões de euros por ano"; "da total indiferença dos responsáveis (Conselho Diretivo do IRN, IP, Conselho Diretivo do IGFEJ, IP e Ministra da Justiça), que continuam comodamente instalados em bons gabinetes com todas as comodidades" e da "desresponsabilização de quem tem a obrigação de garantir as condições de segurança e higiene no trabalho". 

Recomendados para si

;
Campo obrigatório