Tancos: Ex-chefe das "secretas" portuguesas não liga furto à ETA
O antigo secretário-geral dos serviços de informações portugueses Júlio Pereira recusou hoje qualquer ligação do furto de armas de Tancos aos separatistas bascos da ETA e a uma eventual "encomenda" de material militar".
© Global Imagens
País Júlio Pereira
Questionado pelo deputado do PS Jorge Gomes na comissão de inquérito ao furto de Tancos, Júlio Pereira argumentou que à data do crime, em junho de 2017, a organização armada "estava praticamente desmantelada", com o "aparelho militar perdido".
O ex-secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) disse até que a "última tentativa de se estabelecer" da ETA "foi aqui", em Portugal.
Mas excluiu, em absoluto, que o furto pudesse ter sido "a pedido" da ETA.
"É uma hipótese completamente descabida", afirmou ainda.
A suspeita da Polícia Judiciária, de uma ligação do furto em Tancos à organização separatista basca, que desde a década de 1970 reivindicou dezenas de atentados em Espanha que fizeram centenas de mortos, foi noticiada pela revista Sábado em dezembro de 2018.
O furto do material militar, entre granadas, explosivos e munições, dos paióis de Tancos foi noticiado em 29 de junho de 2017 e parte do equipamento foi recuperado quatro meses depois.
O caso ganhou importantes desenvolvimentos em 2018, tendo sido detidos, numa operação do Ministério Público e da Polícia Judiciária, sete militares da Polícia Judiciária Militar e da GNR, suspeitos de terem forjado a recuperação do material em conivência com o presumível autor do crime.
A comissão de inquérito para apurar as responsabilidades políticas no furto de material militar em Tancos, pedida pelo CDS-PP, vai decorrer até junho próximo, depois de o parlamento prolongar os trabalhos por mais 90 dias.
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