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Homem que morreu em fogo de Azeméis tinha autorização para queimada

A presidente da Junta de Freguesia de Macieira de Sarnes, onde esta tarde os bombeiros encontraram o corpo de um homem carbonizado, diz que a vítima era "responsável, experiente" e tinha autorização para aí realizar hoje uma queimada.

Homem que morreu em fogo de Azeméis tinha autorização para queimada
Notícias ao Minuto

19:22 - 19/03/19 por Lusa

País Junta

Florbela Silva identificou a vítima como sendo um homem de 75 anos e descreveu-o como "um homem responsável, muito cuidadoso, que era experiente na realização de queimadas, ia muitas vezes à Junta pedir autorização para elas e tinha inclusive permissão para a que estaria a fazer hoje no seu terreno".

Embora residente em Arouca, a vítima terá adquirido terras em Macieira de Sarnes há alguns anos e, segundo a presidente da Junta, revelava particular esmero no cuidado da sua propriedade, já que "era conhecido por diariamente se deslocar à freguesia para proceder à limpeza do terreno".

Por isso mesmo, Florbela Silva considerou que "é ainda mais de lamentar" o acidente para cuja origem admite pelo menos duas hipóteses: ou incapacidade do proprietário para reagir a "alguma mudança de vento brusca", por exemplo, ou doença súbita que tenha acometido o idoso durante a queimada, o que explicaria que essa tenha ficado inesperadamente sem supervisão.

Joaquim Jorge Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, também admitiu essas duas possibilidades para o fogo que, já em fase avançada de rescaldo, chegou a envolver o trabalho de 56 homens e 19 viatura das corporações de Fajões, Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Arrifana, Vale de Cambra e Santa Maria da Feira - e também da GNR, do INEM e da Polícia Judiciária, à qual compete agora investigar a morte de Abel Santos.

"Não se pode pôr de parte a possibilidade de algum descontrolo na queimada, uma vez que esta tarde havia algum vento e que as temperaturas também estão elevadas para o que é habitual nesta época do ano", admitiu o autarca. "Mas se a vítima teve um ataque cardíaco, por exemplo, o resultado seria o mesmo e daí não podermos falar com ânimo leve de negligência antes de a investigação ficar concluída", defendeu.

Para Joaquim Jorge Ferreira, a conclusão a retirar desta "situação triste", pelo menos "por enquanto, é que mesmo a mais simples das queimadas obriga sempre a grande cuidado e muita atenção".

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