Ciclone Idai: Montemor-o-Velho lança campanha de solidariedade
A Câmara de Montemor-o-Velho anunciou hoje que lançou uma campanha de solidariedade com a população de Moçambique afetada pelo ciclone Idai, através da recolha de "bens considerados prioritários", em articulação com os bombeiros e proteção civil.
© Reuters
País Ajuda
"O Município de Montemor-o-Velho está solidário com a população de Moçambique afetada pelo ciclone Idai que, desde dia 14 de março, deixou um rasto de destruição e milhares de moçambicanos desalojados", refere esta autarquia do distrito de Coimbra, em nota divulgada hoje.
A campanha vai durar até às 17:00 de sexta-feira, através do Serviço Municipal de Proteção Civil e com a colaboração dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Velho.
A autarquia garante que irá assegurar que todos os bens serão entregues ao povo moçambicano.
"Para um maior controle e transparência de todo o processo, aquando da entrega dos bens deverá ser preenchido um formulário com a identificação das doações", avisam os serviços municipais.
Entre os bens solicitados, destacam-se alimentos de validade prolongada, como enlatados, empacotados, arroz, açúcar, massa, óleo; produtos de higiene pessoal; meios de purificação de água, nomeadamente cloro e detergentes; bens de abrigo, redes mosquiteiras, repelente, tendas, cobertores, lençóis; materiais de construção, como chapas de zinco, pregos e barrotes.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez pelo menos 761 mortos, segundo os balanços oficiais mais recentes.
Em Moçambique, o número de mortos confirmados subiu hoje para 446, no Zimbabué foram contabilizadas 259 vítimas mortais e no Maláui as autoridades registaram 56 mortos.
O ministro da Terra e do Ambiente moçambicano, Celso Correia, sublinhou hoje que estes números ainda são provisórios, já que à medida que o nível da água vai descendo vão aparecendo mais corpos.
O número de pessoas afetadas em Moçambique subiu para 531.000 e há 109.000 entradas em centros de acolhimento, das quais 6.500 dizem respeito a pessoas vulneráveis - por exemplo, idosos e grávidas que recebem assistência particular.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que está a preparar-se para enfrentar prováveis surtos de cólera e outras doenças infecciosas, bem como de sarampo, em extensas zonas do sudeste de África afetadas pelo ciclone Idai, em particular em Moçambique.
O ciclone afetou pelo menos 2,8 milhões de pessoas nos três países africanos e a área submersa em Moçambique é de cerca de 1.300 quilómetros quadrados, segundo estimativas de organizações internacionais.
A cidade da Beira, no centro litoral de Moçambique, foi uma das mais afetadas pelo ciclone, na noite de 14 de março.
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