"Verbas doadas pelos portugueses aplicadas na construção da maternidade"
A garantia foi dada, esta terça-feira, pelo presidente da Cruz Vermelha Portuguesa. Segundo Francisco George, são esperados, nas próximas semanas e próximos meses, 45 mil partos.
© Reuters
País Francisco George
Na chegada a Portugal dos elementos da força Operacional Conjunta que esteve em Moçambique, a propósito da destruição causada pelo ciclone Idai, o presidente da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) descansou os portugueses e, aos jornalistas, revelou o que será feito ao dinheiro doado a favor daquele país africano.
“Posso confirmar que as verbas que os portugueses têm doado vão ser utilizadas para reconstruir a maternidade local”, disse Francisco George explicando que, atualmente, está em funcionamento uma maternidade de campanha da CVP, uma ação que só foi possível, frisou, com a ajuda do grupo Jerónimo Martins.
E nesta maternidade, revelou o ex-diretor da Direção-geral da Saúde, a “equipa da CVP já ajudou a nascer três crianças”. “Vão nascer muitas mais, muitas mesmo. Sabemos que nas próximas semanas e meses teremos 45 mil partos”, afirmou.
Em declarações aos jornalistas no base militar de Figo Maduro, em Lisboa, e ainda a propósito das verbas doadas pelos portugueses, Francisco George garantiu que "não houve perda de tempo” na aplicação deste dinheiro no processo de reconstrução que “já se iniciou”.
No entanto, o responsável deixou um alerta: “Já ultrapassámos os 1,6 milhões de euros em donativos, mas não chega. Está além do esperado, mas aquém das necessidades”.
Além de ajudar a realizar partos, as equipas médicas da Cruz Vermelha, explicou Francisco George, vão também formar os médicos e enfermeiros locais, transmitindo-lhes “conhecimentos e boas práticas que ficarão para sempre”.
Recorde-se que o número de mortos resultante da passagem do ciclone Idai pela cidade moçambicana da Beira não tem parado de subir. A última atualização das autoridades dá conta da morte de 598 pessoas, um número que aumentou em 80 em apenas um dia.
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