Jovens contra aeroporto do Montijo interrompem discurso de António Costa
O discurso do secretário-geral do PS, António Costa, no 46.º aniversário do seu partido, foi esta segunda-feira interrompido pela inesperada intervenção de um grupo de jovens que protesta contra o novo aeroporto no Montijo.
© Agência Lusa
Política Lisboa
De forma inesperada, quatro jovens aproximaram-se do palco dos oradores, na antiga Feira Internacional de Lisboa (FIL), e lançaram aviões de papel, mostrando também um cartaz onde se podia ler 'Mais aviões só a brincar'.
"Lamentamos estragar a vossa festa, mas o rio Tejo, aqui ao lado, a nossa cidade e as futuras gerações nada têm para celebrar", escreveram num comunicado os mesmos membros do grupo de jovens, que não se identificou.
Em menos de meio minuto, os jovens foram retirados do palco e António Costa prosseguiu o seu discurso.
Neste jantar do 46.º aniversário do PS, foi homenageado o antigo líder parlamentar socialista Alberto Martins pelos 50 anos da Crise Académica de 1969, contestação estudantil ao regime do Estado Novo que este ministro dos governos de António Guterres e José Sócrates chefiou enquanto presidente da Associação Académica de Coimbra.
Costa dramatiza e pede "força ao PS já e agora"
No jantar/comício, que contou com a presença do antigo Presidente da República Jorge Sampaio, do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e de vários ministros, com particular destaque para Mário Centeno (Finanças) e Augusto Santos Silva (Negócios Estrangeiros), António Costa deixou um aviso, dramatizando a questão das eleições europeias e advertindo que é preciso dar força aos socialistas "já e agora".
"Peço a todos e a todas que nos mobilizemos mesmo a sério, porque estas eleições europeias são tão decisivas como foram as autárquicas de há dois anos, são tão decisivas como as legislativas de outubro", sustentou, após ter deixado elogios ao cabeça-de-lista socialista às europeias, Pedro Marques, que se encontra nos Açores.
António Costa dedicou a parte final do seu discurso, com cerca de 30 minutos, à questão da mobilização partidária, procurando desfazer a ideia de que as únicas eleições importantes no país são as legislativas.
"Precisamos de dar força ao PS já e agora nas europeias e não apenas quando chegarmos a setembro e formos à Madeira ganhar pela primeira vez essas eleições regionais. Dar força ao PS não é só em outubro quando ganharmos as eleições legislativas", declarou.
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