De acordo com o que referia o comunicado, difundido pela imprensa, o avião, alegadamente pilotado por um português, foi abatido por forças do exército nacional líbio em Tripoli.
“O piloto do avião, de origem portuguesa, foi detido”, acrescentava o comunicado, sem adiantar quaisquer outros detalhes.
Nas redes sociais, surgiram fotografias piloto português capturado ao lado de militares.
O Notícias ao Minuto está a tentar confirmar esta informação junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), tendo já o Ministério da Defesa garantido à Lusa não se tratar de um militar ao serviço das Forças Armadas portuguesas.
"Vamos devolver o piloto português ao seu país imediatamente depois de tratadas as suas feridas", disse o porta-voz Ahmed Mismari, mediante um comunicado, onde acrescenta: "Nós apreciamos o trabalho dos nossos irmãos europeus na luta contra a imigração ilegal".
"Preocupamo-nos com a segurança do piloto português e tratamo-lo como um convidado e não como um prisioneiro. O que aconteceu foi um erro que resultou do estado de guerra pelo qual estamos a passar e vamos entregá-lo à operação europeia Sophia", referiu ainda o exército responsável.
Portuguese pilot has been captured after a military jet was shot down over Tripoli, Libya. O piloto português foi capturado depois que um avião militar foi abatido... https://t.co/Y4ZcbzGynu prin @YouTube
— Vlad Fabian (@vlafbi) 7 de maio de 2019
A Líbia tem sido vítima do caos e da guerra civil desde que, em 2011, a comunidade internacional contribuiu militarmente para a vitória dos diferentes grupos rebeldes sobre a ditadura de Muammar Khadafi (entre 1969 e 2011).
Os combates opõem as forças do Governo de Acordo Nacional, reconhecido pela comunidade internacional, ao Exército Nacional Líbio proclamado pelo marechal Haftar, homem forte do leste líbio que ordenou, em 04 de abril, a conquista da capital, Tripoli.
Segundo as Nações Unidas, os confrontos já causaram pelo menos 432 mortos, 2.069 feridos e mais de 55 mil deslocados. Os dois lados acusam-se mutuamente de recorrer a mercenários estrangeiros e de beneficiar do apoio militar de potências estrangeiras.
[Notícia atualizada às 16h]