Força Aérea esclarece que não há militares nem meios portugueses na Líbia

A Força Aérea portuguesa esclareceu hoje que, atualmente, Portugal não tem meios nem militares na Operação Sophia, da União Europeia, e que também não tem aeronaves como a que foi abatida na Líbia.

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Lusa
07/05/2019 18:10 ‧ 07/05/2019 por Lusa

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Operação

"A Força Aérea não tem nenhum meio na Operação Sophia", disse à agência Lusa o porta-voz daquele ramo das Forças Armadas, acrescentando que Portugal também não possui "aquele tipo de avião".

O canal Al Arabiya divulgou uma informação segundo a qual o Exército Nacional Líbio (ENL) tinha afirmado, em comunicado, que um avião abatido no sul de Tripoli pertencia à Operação Sophia, da União Europeia, e garantido que devolveria imediatamente o piloto, que diz ser de origem portuguesa.

Apontando que alguma da informação sobre este caso que tem sido divulgada "não faz sentido", o porta-voz indicou que a Força Aérea apontou também "não tem ninguém" naquela missão, cujo objetivo é a identificação, captura e eliminação de navios usados ou suspeitos de serem usados para o tráfico de migrantes no Mediterrâneo.

Também o Ministério da Defesa Nacional, através de fonte oficial, tinha já adiantado à Lusa que "não há nenhum militar português ao serviço da Força Aérea na operação Sophia".

O ENL divulgou imagens do piloto, que parece ferido, e numa dessas fotografias pode ver-se o comandante das operações militares do ENL na região oeste, general Abdessalem al-Hassi, noticiou a AFP.

Num vídeo do suposto piloto, um dos combatentes do ENL pergunta-lhe em inglês se é militar e ele responde: "Não. Sou um civil".

A Líbia tem sido vítima do caos e da guerra civil desde que, em 2011, a comunidade internacional contribuiu militarmente para a vitória dos diferentes grupos rebeldes sobre a ditadura de Muammar Khadafi (entre 1969 e 2011).

Os combates opõem as forças do Governo de Acordo Nacional, reconhecido pela comunidade internacional, ao Exército Nacional Líbio proclamado pelo marechal Haftar, homem forte do leste líbio que ordenou, em 4 de abril, a conquista da capital, Tripoli.

Segundo as Nações Unidas, os confrontos já causaram pelo menos 432 mortos, 2.069 feridos e mais de 55 mil deslocados.

Os dois lados acusam-se mutuamente de recorrer a mercenários estrangeiros e de beneficiar do apoio militar de potências estrangeiras.

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