"É um processo sensível e que, como o Governo tem explicado, o senhor primeiro-ministro explicou ontem [segunda-feira], está numa fase de ultimação. Por isso, o Presidente da República não deve pronunciar-se sobre esta matéria nesta fase do processo", disse Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado falava aos jornalistas à margem de uma visita ao Banco Alimentar Contra a Fome - Porto por ocasião do seu 25.º aniversário, onde deixou a promessa que voltaria em 25 de maio, um dos dias da campanha de recolha de alimentos.
Neste momento, salientou, tem motivos para não se pronunciar sobre o SIRESP.
"Não devo pronunciar-me e acho que se me pronunciasse iria criar mais problemas do que resolver problemas", disse.
Marcelo Rebelo de Sousa adiantou não ter mais dados do que aqueles que foram apresentados pelo Governo de António Costa, nem ser sua função falar de um processo pendente.
Atendendo à época de incêndios que se avizinha, o Presidente da República pediu aos portugueses para estarem atentos e colaborarem com as instituições que têm a seu cargo a segurança das pessoas e bens.
Reafirmando a importância do esforço coletivo, o chefe de Estado disse esperar que seja isso que permita ao país evitar as tragédias de há dois anos.
O Governo "tem prosseguido negociações regulares com os acionistas privados" do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) com vista encontrar uma solução de acordo, disse hoje fonte oficial do Ministério das Finanças à Lusa.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou em plenário da Assembleia da República que o objeto da negociação que está em curso poderá passar pela aquisição da posição acionista por parte do Estado no SIRESP.
A SIRESP é detida em 52,1% pela PT Móveis (Altice Portugal), 33% pela Parvalorem (Estado) e 14,9% pela Motorola Solutions.