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Motivos disciplinares e psicológicos ditam repatriamento de 2 militares

Dois militares portugueses na missão da ONU na República Centro-Africana (RCA) foram repatriados, um por motivos disciplinares e o segundo por "questões psicológicas", confirmou hoje à Lusa o porta-voz do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).

Motivos disciplinares e psicológicos ditam repatriamento de 2 militares
Notícias ao Minuto

19:24 - 27/05/19 por Lusa

País Missão

De acordo com o comandante Pedro Coelho Dias, o militar repatriado por "motivos disciplinares" estava em funções de Quartel-General da MINUSCA, cujo segundo comandante é o general português Serronha, e o segundo, por "medida cautelar", tendo em conta alguns sinais de instabilidade psicológica, integrava a Força de Reação Rápida, sediada em Bangui.

Segundo o DN, que avançou hoje que os dois militares regressaram antecipadamente ao país, o militar alvo de um processo disciplinar terá usado a viatura para se deslocar a outro local sem autorização.

O porta-voz do EMGFA frisou que o militar que apresentou "sinais de fadiga que podia indiciar instabilidade psicológica" foi mandado regressar por "medida de prudência", visando o seu restabelecimento.

"Nenhum comprometeu o cumprimento da missão", disse Coelho Dias, sublinhando que "não sendo comum, já aconteceu" no passado haver em Forças Nacionais Destacadas repatriamento de militares por quebra de disciplina, por motivos de saúde ou para assistência à família.

"Não é muito normal, mas acontece", disse, acrescentando que as duas situações ocorreram há poucas semanas, a meio da missão, que tem a duração de seis meses, e que serão substituídos durante esta semana.

Questionada pela Lusa, a porta-voz do Exército, major Elisabete Silva, respondeu que o facto de "ter havido repatriamento" nas duas situações "significa que os processos implementados no Exército estão a ser corretamente aplicados".

A militar sublinhou que o aprontamento da força, que é feito nos seis meses anteriores ao início da missão, "visa aproximar as condições em território nacional daquelas que serão vividas em teatro de operações".

"Contudo, o impacto no contexto da missão pode ser experienciado de forma diferente por cada militar. Neste âmbito é que se torna essencial o aprontamento psicológico que acompanha o ciclo de treino das forças", frisou.

A major Elisabete Silva destacou a "formação que é ministrada aos militares, através de um curso de primeiros socorros psicológicos para que consigam, dentro da força, identificar sinais de eventual instabilidade emocional".

Quanto às infrações disciplinares, a porta-voz afirmou que "os militares do Exército terão de atuar conforme uma conduta moral tanto em teatro de operações como em território nacional".

Portugal está presente na RCA desde o início de 2017, no quadro da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização na República Centro-Africana (MINUSCA), cujo 2.º comandante é o major-general do Exército Marco Serronha.

Portugal integra a MINUSCA, com a 5.ª Força Nacional Destacada (FND), e lidera a Missão Europeia de Treino Militar-República Centro-Africana (EUMT-RCA), que é comandada pelo brigadeiro-general Hermínio Teodoro Maio.

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