Rui Rio recorda Agustina como "uma pessoa notável"
O presidente do PSD, Rui Rio, que hoje se deslocou à Sé do Porto para prestar uma última homenagem a Agustina Bessa-Luís, que morreu segunda-feira aos 96 anos, recordou a escritora como "uma pessoa notável".
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País Agustina Bessa-Luís
"Foi a primeira pessoa a quem, como presidente da Câmara do Porto, entreguei a chave da cidade, que era uma distinção que eu só conferia às pessoas que projetavam a cidade no mundo. Além da Agustina, só entreguei essa distinção a mais duas pessoas, que foram Siza Vieira e o papa Bento XVI", afirmou.
Rui Rio disse que ainda na segunda-feira releu uma carta que Agustina lhe havia escrito em 2006, que foi uma época em "era muito criticado".
"Ela teve palavras muito simpáticas e palavras de incentivo que até me admiraram", declarou, acrescentando que "não fica indiferente à política".
Recordou alguns livros que a escritora lhe ofereceu, o último dos quais com o título 'Sebastião José', considerando que a obra que deixa e a memória dela "não desaparecerão".
Agustina Bessa-Luís nasceu em 15 de outubro de 1922, em Vila Meã, Amarante, e encontrava-se afastada da vida pública, por razões de saúde, há cerca de duas décadas.
O nome de Agustina Bessa-Luís saltou para a ribalta literária em 1954, com a publicação do romance 'A Sibila', que lhe valeu os prémios Delfim Guimarães e Eça de Queiroz, que constam de uma lista de galardões que inclui igualmente o Grande Prémio de Romance e Novela, da Associação Portuguesa de Escritores, em 1983, pela obra 'Os Meninos de Ouro', e que voltou a receber em 2001, com 'O Princípio da Incerteza I - Joia de Família'.
A escritora foi distinguida pela totalidade da sua obra com o Prémio Adelaide Ristori, do Centro Cultural Italiano de Roma, em 1975, e com o Prémio Eduardo Lourenço, em 2015.
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