Sindicato vai pedir audiência a Costa sobre situação no Opart
O Sindicato dos Trabalhadores do Espetáculo, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE) anunciou hoje que vai pedir uma audiência ao primeiro-ministro, António Costa, sobre a situação dos trabalhadores do Organismo de Produção Artística (OPART), atualmente em greve.
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País Artistas
Num comunicado divulgado hoje, após dois dias de greve dos trabalhadores do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC) e da Companhia Nacional de Bailado (CNB), o CENA-STE justifica o pedido com a "inoperância e incapacidade demonstradas pela tutela da Cultura e Finanças e pelo presidente da empresa para resolver a situação".
O sindicato irá "solicitar audiência ao primeiro-ministro, António Costa, na certeza que no momento terá que passar por si o encontro de uma solução para a harmonização salarial entre técnicos" do TNSC e CNB.
"E no dia de hoje, não podemos deixar de vincar o espanto e indignação sentido pelos trabalhadores da empresa ao saberem que o presidente do OPART, Carlos Vargas, num dos momentos mais complexos para o normal funcionamento do único teatro de ópera do país e da única companhia nacional de bailado, tenha optado por integrar a comitiva nacional que estará presente no Festival de Cultura Portuguesa na China", lamenta o sindicato.
No entanto, o CENA-STE, espera que "encontrem tempo para, em conjunto, se decidirem pela harmonização salarial imediata dos técnicos do TNSC, garantindo assim o retomar de negociações entre o Grupo de Trabalho criado para discussão do Regulamento Interno de Pessoal".
Os trabalhadores começaram uma série de greves na sexta-feira, na sequência de um plenário, anunciando que as irão manter até haver garantias da parte do Ministério das Finanças em relação às suas reivindicações.
No plenário realizado na quinta-feira, os trabalhadores do TNSC e da CNB marcaram greves às apresentações da ópera "La Bohème", prevista para a última sexta-feira, para sábado, terça-feira, e a 14 de junho, no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, ainda do bailado "Dom Quixote", entre 11 e 13 de julho, no Teatro Rivoli, no Porto, e aos espetáculos incluídos no Festival ao Largo, que decorre habitualmente em julho, em Lisboa.
Também os bailarinos e técnicos da CNB vão fazer um protesto na terça e na quarta-feira, em Pequim, na China, onde estarão para apresentar espetáculos.
De acordo com as conclusões do plenário de quinta-feira, "foi decidido que os bailarinos e técnicos da CNB que nos dias 11 e 12 de junho irão estar na China em espetáculo, com a presença de representantes estatais, nomeadamente a ministra da Cultura, Graça Fonseca, irão estar em protesto".
Esse protesto, que não põe em causa os espetáculos, irá ser feito "recusando a presença em qualquer iniciativa agendada pelas entidades nacionais e rejeitando qualquer tipo de encontro protocolar com essas entidades antes e depois dos espetáculos".
A CNB irá apresentar em Pequim o espetáculo "Quinze Bailarinos e Tempo Incerto", com direção, cenários e figurinos de João Penalva, e coreografia de Rui Lopes Graça.
No mês passado, o Ministério da Cultura disse que a composição do conselho de administração do OPART, que termina funções este ano, vai ser anunciada "em breve".
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