Pedrógão: Valdemar Alves vai a julgamento, responsáveis da ANPC não
O presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, irá a julgamento por todos os crimes relacionados com os incêndios de Pedrógão Grande, em junho de 2017. Sérgio Gomes e Mário Cerol, responsáveis da ANPC, não serão julgados.
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País Pedrógão
A notícia sobre a decisão do juiz de instrução do Tribunal de Leiria é avançada pela edição online semanário Expresso. A decisão sobre se existiria ou não julgamento no processo que analisa as responsabilidades do incêndio de 2017 em Pedrógão Grande havia sido remetida para o final desta semana.
Recorde-se que o incêndio que deflagrou há dois anos em Pedrógão Grande, e que alastrou a concelhos vizinhos provocou, a morte de 66 pessoas e 253 feridos, sete dos quais graves, e destruiu cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.
Dos 13 arguidos do processo, seguem para julgamento os presidentes dos municípios de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande em funções à data dos factos: Fernando Lopes, Jorge Abreu e Valdemar Alves, respetivamente.
Na sequência do debate instrutório, o tribunal decidiu ainda levar a julgamento a então engenheira florestal no município de Pedrógão Grande Margarida Gonçalves; o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut; o subdiretor da área comercial da EDP José Geria; o subdiretor da área de manutenção do Centro da mesma empresa, Casimiro Pedro; e três arguidos com cargos na Ascendi Pinhal Interior: José Revés, António Berardinelli e Rogério Mota.
O comandante distrital de operações de socorro de Leiria à data dos factos, Sérgio Gomes, o segundo comandante distrital, Mário Cerol, e José Graça, então vice-presidente do município de Pedrógão Grande, ficam de fora do julgamento.
A decisão sobre este processo esteve para ser tomada em meados de maio, mas "alterações não substanciais aos factos" obrigaram o tribunal a dar um prazo para que a defesa dos arguidos António Ugo Berardinelli, José Revés e Rogério Mota se pronunciasse.
Em causa está a queda de um pinheiro na estrada onde morreu a maioria das pessoas, "parando, desviando ao sentido contrário, ou, pelo menos, dificultando a marcha de quem passasse".
O incêndio de Pedrógão Grande, sublinhe-se, deu origem a um outro inquérito, que investiga alegadas irregularidades no apoio à reconstrução de casas que arderam no fogo, em 2017, e que tem 43 arguidos, anunciou a Procuradoria-Geral da República (PGR), no dia 7 de junho. Inquérito no qual Valdemar Alves é também arguido.
[Apelido do autarca de Pedrógão Grande corrigido de Dias para Alves no título e no texto]
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