As notícias sobre a falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) têm sido uma constante nos últimos dias, razão pela qual foi um dos temas analisados este domingo por Luís Marques Mendes no seu espaço semanal de comentário na antena da SIC.
A este propósito, o social-democrata começou por dizer que as notícias das falhas existentes no SNS já não são apenas um “caso pontual”, mas sim situações recorrentes que são, na verdade, “problemas seríssimos”.
“Nós já tínhamos, tradicionalmente, um problema sério de falta de financiamento e, por isso, é que faltam médicos e enfermeiros e os equipamentos estão obsoletos”, começou por dizer, acrescentando que isto “não é novo”.
O que é “novo e agravou a situação”, referiu, foi a “lei das 35 horas que fez, evidentemente, com que houvesse falta de pessoal e também as cativações” impostas pelo Ministério das Finanças que levaram a um “agravamento da falta de financiamento”.
E por isso, Luís Marques Mendes considera que “hoje o panorama no SNS é pior do que era no tempo da troika”.
O comentador destacou ainda a importância do SNS, descrevendo-o como a “ferramenta mais importante para defender a igualdade social” e lamentou que “todas as semanas” sejam noticiadas situações que são “mais um prego para o caixão do SNS”.
E para o social-democrata o “grande coveiro desta situação é Mário Centeno” que, se por um lado “merece um elogio por ter posto as contas em ordem”, por outro lado “merece uma palavra de censura porque não foi equilibrado na distribuição do financiamento”.
“Em termos políticos, os partidos da Direita têm normalmente a fama de que ajudam o setor privado da saúde, mas quem lhes dá o proveito são os partidos mais à Esquerda, como está à vista”, apontou.
Em jeito de conclusão, o antigo líder do PSD deixou claro que a nova Lei de Bases da Saúde "não vai trazer nada de novo à saúde".
"É uma mentira", atirou, explicando que António Costa "quer muito esta lei porque a Saúde está de pantanas e ele agora quer mostrar que com este instrumento vai por ordem nos problemas".
"É uma mentira pegada porque os problemas da Saúde devem-se à falta de financiamento", rematou.