CGTP apela para decisão de voto "ponderada" nas eleições legislativas
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, apelou hoje para os trabalhadores e sindicalistas "ponderarem" as suas intenções de voto nas eleições legislativas, lembrando-os que "as maiorias absolutas" sempre se "viraram contra os seus interesses".
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País Central sindical
"As maiorias absolutas, fossem encabeçadas pelo PSD e CDS ou pelo PS, sempre foram maiorias absolutas que se viraram contra os nossos interesses, puseram em causa os nossos direitos e viram aprofundadas as desigualdades e as injustiças sociais", afirmou hoje o líder da central sindical.
Arménio Carlos, que falava durante a III Conferência Sindical do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL), afirmou que apesar de cada trabalhador "ser livre de fazer do seu voto aquilo que bem entender", era fundamental que a sua decisão nas eleições legislativas de 06 de outubro fosse "ponderada".
"É hora de continuarmos a intervir, a apresentar propostas e novos rumos para o país", frisou o secretário-geral da Intersindical, lembrando os mais de cem trabalhadores e delegados sindicais presentes no encontro que é necessário "combater" as propostas de revisão do Código Laboral e a lei da execução orçamental.
No documento-base a que a Lusa teve acesso, e sob o lema 'Valorizar o trabalho e os trabalhadores', os sindicalistas afirmam que as próximas eleições legislativas terão de ser encaradas pelos trabalhadores como "extremamente importantes para dar mais força na Assembleia da República às forças políticas de esquerda".
"Só elas conseguem assegurar novos avanços e contribuir para a construção de uma alternativa política de esquerda", alegam.
Também o presidente da STAL, José Correia, afirmou que apesar do encontro ter "reforçado e unido" os trabalhadores, ainda há "muito a fazer", nomeadamente, em matérias relacionadas com o salário mínimo, as condições de trabalho, a precariedade e a dignificação das carreiras, lembrando que "sempre que necessário", o STAL não hesitará em "usar o sistema judicial contra o Governo português".
Durante a III Conferência Sindical, que decorreu no Centro de Congressos em Matosinhos, os delegados presentes aprovaram ainda uma moção que exige ao Conselho Diretivo da ADSE, IP e ao Governo o "respeito" pelos beneficiários, os quais "asseguram 93% das receitas" do subsistema complementar de saúde.
Na moção, os sindicalistas exigem também que a ADSE deixe de ser utilizada como "instrumento de financiamento das políticas económicas" e como "moeda de satisfação dos grupos privados de saúde".
O documento apela ainda à promulgação das alterações feitas ao decreto de lei n.º 118/83, de 25 de fevereiro, de modo a que seja permitido o "alargamento" deste subsistema complementar de saúde aos trabalhadores das administrações públicas com contrato individual de trabalho e com contrato de trabalho em funções públicas.
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