"Diz não à tourada em Porto de Mós" é o nome do movimento que nasceu naquele município do distrito de Leiria e que em menos de um mês conta com mais de 600 apoiantes nas redes sociais e com uma petição de 1.800 assinaturas, adiantou à agência Lusa Inês Amado, munícipe do concelho e uma das organizadoras do protesto.
Inês Amado explicou que assim que foi anunciado que se iria realizar uma tourada em Porto de Mós, no domingo, um grupo movimentou-se para protestarem e sensibilizarem as pessoas "contra este tipo de 'espetáculo'".
"Mais tarde, tivemos a confirmação de que a tourada tinha autorização para se realizar, pelo que organizámos este movimento, que se irá manifestar de forma pacífica em frente à arena", acrescentou, revelando que durante a manhã serão levadas a cabo iniciativas de "sensibilização", sobretudo, junto dos mais jovens.
Inês Amado adiantou que, de manhã, será apresentado o livro infantil "Romeu, o touro que não gostava de touradas", cujos 30% das vendas irão reverter a favor dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós.
"O evento [tourada] está associado à homenagem e apoio aos bombeiros, mas isso é puro marketing. O que vamos fazer com o livro é uma forma de mostrar às pessoas que podem ajudar os nossos bombeiros de muitas maneiras. Além disso, dar 2,5 euros por cada bilhete, que custa cerca de 15 euros...", acrescentou.
Inês Amado lamentou ainda que o Município de Porto de Mós tenha autorizado a realização do evento, pois acaba por ser "conivente" com este tipo de "espetáculo".
Para este movimento, está em causa a "tortura a que são sujeitos os touros, não só na arena, como na própria apropriação do animal para o 'espetáculo', tal como sucede no circo".
Não sabemos quais as condições por que passam".
A tourada está agendada para domingo, às 17h00, numa praça de touros montada em frente ao campo de futebol.