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A Geringonça "conseguiu dar ao povo português vitórias concretas"

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, faz um balanço positivo dos quatro anos de legislatura que uniu a Esquerda portuguesa.

A Geringonça "conseguiu dar ao povo português vitórias concretas"

O 'arquiteto' do Governo de António Costa fez, na noite desta quarta-feira, numa entrevista dada à RTP,  um balanço positivo da legislatura e admitiu que o 'cimento' que levou ao sucesso dos últimos quatro anos está na Geringonça.

Para o ministro das Infraestruturas e da Habitação, já havia um apelo, há vários anos, por parte do povo português para que as Esquerdas portuguesas se unissem e, os últimos quatro anos, mostraram que "o muro desabou" e que é possível haver entendimento. "É possível construir um terreno comum sem que os partidos se anulem", começou por dizer.

Pedro Nuno Santos admite que foi necessário "aprender a trabalhar em conjunto, aprender a confiar uns nos outros", mas que com o empenho de todos os partidos conseguiram com que o modelo da Geringonça funcionasse.

Já sobre a continuação do mesmo modelo a partir de outubro, se António Costa não conseguir a maioria absoluta nas próximas legislativas, apesar de não ser direto, o governante deixa no ar uma opinião favorável.

"A minha opinião sobre essa matéria já era conhecida em 2015. Sou muito transparente sobre isso. Os aliados naturais do Partido Socialista devem ser encontrados à Esquerda e a democracia portuguesa precisa de dois blocos claramente distintos, um à Direita e outro à Esquerda. A minha opinião foi reforçada [nestes quatro anos], porque conseguimos trabalhar em conjunto, conseguimos que o povo português tivesse vitórias concretas nas suas vidas e julgo que isso só vem reforçar aquilo que muitos, como eu, defendiam já em 2015 e antes até", afirmou.

Já sobre os níveis de confiança que o PS tem num partido ou noutro, Pedro Nuno Santos fez questão de esclarecer que todos os partidos com quem trabalhou "são de confiança" e não concorda com quem afirma que há mais entendimento com o PCP do que com o Bloco de Esquerda.

"Os partidos têm culturas organizacionais e negociais diferentes, mas isso não significa que uns sejam mais honestos e outros mais desonestos. Um mais manhoso, outro menos[...]. Eu não quero ser arrogante mas, na verdade, se há alguém que pode atestar isso, sou mesmo eu, porque estive a falar com eles três anos e meio, todos os dias. Nós tivemos desencontros, até dentro dos próprios partidos, mas a verdade é que conseguimos chegar a entendimento", esclareceu.

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