Depois de, há uns meses, os encarregados de educação se terem mostrado indignados com a necessidade de apagar o que foi escrito nos manuais escolares antes de os devolverem, parece haver uma nova polémica nas redes sociais.
Em causa está o facto de uma encarregada de educação ter levantado os livros para o filho usar no próximo ano letivo no Agrupamento de Escolas André Soares, em Braga, e de estes terem sinais de correção dos professores (como certos e pontos de interrogação). A mãe em questão gravou um vídeo, que pode ver na galeria acima, onde diz, inclusive, que o Governo deveria tomar uma posição sobre a matéria.
Em declarações ao Notícias ao Minuto, Paula Carqueja, presidente da Associação Nacional de Professores (ANP), lembrou que, "desde sempre" a ANP manifestou a sua discordância perante a adoção de manuais reutilizáveis.
Pese embora a ANP reconheça a importância da "sustentabilidade ambiental" e considere que é positiva essa preocupação, a medida só deveria ser aplicada se fossem adotadas estratégias para evitar que se escrevesse - alunos e professores - nos manuais. Mas "isso não está a ser feito", revela.
De acordo com Paula Carqueja, nesta matéria está inclusivamente intrínseca uma educação que vem do pré-escolar. "Como se explica a uma criança se cinco/seis anos que aquele manual não é dela e que não poderá escrever nele?".
O Notícias ao Minuto entrou também em contacto com o referido Agrupamento de Escolas e com a Confederação Nacional das Associações de Pais, mas não conseguiu obter 'feedback' até ao momento.