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Por 600 euros pode morar num contentor em Marvila. "É uma boa solução"

O anúncio colocado em portais para arrendamento de habitações e quartos está a gerar polémica e a indignar muitos portugueses.

Notícias ao Minuto

15:06 - 13/08/19 por Patrícia Martins Carvalho

País Habitação

Os problemas de arrendamento na cidade de Lisboa são bem conhecidos dos portugueses, com rendas a ultrapassarem o salário mínimo nacional por pequenos apartamentos.

Mas há uma “boa solução” para colmatar a falta de habitações na capital portuguesa: contentores ecofriendly.

Os anúncios foram colocados nos sites OLX e Imovirtual e dão conta da possibilidade de alugar um contentor de 12 metros quadrados por 600 euros por mês em Marvila, Lisboa. Conforme se vê nas imagens abaixo, o espaço alberga um beliche para duas pessoas, uma cómoda e uma casa-de-banho com lavatório, sanita e duche.

Questionado pelo Notícias ao Minuto a propósito do valor que muitos utilizadores da internet consideram obsceno, João Mendonça, da empresa responsável por estes 'ecotainers', explicou que os 600 euros englobam o aluguer do espaço, as despesas da casa, internet com 6GB, limpezas e um espaço comum onde se encontra a sala e a cozinha.

Segundo o responsável, os contentores estão colocados “num jardim de um prédio” e há uma zona desse edifício “destinada aos utilizadores dos ecotainers”.

“Não entendo a polémica. Trata-se de um conceito do norte da Europa que até há em Espanha. Em Amesterdão, por exemplo, há mais de dois mil. São contentores com uma pegada de carbono bastante reduzida e uma boa solução, uma vez que Portugal está com tantos problemas de habitação”, referiu João Mendonça.

Segundo o responsável, os seis contentores colocados naquele local “já não estão disponíveis”, pois foram todos alugados e por pessoas estrangeiras. João deu mesmo o exemplo de um professor universitário dinamarquês que optou por morar no 'ecotainer' e de um outro trabalhador estrangeiro cuja empresa, apesar de os escritórios serem em Lisboa, lhe atribuiu uma casa em Setúbal.

Quanto ao pagamento, o mesmo é feito no momento em que é alugado, “como nos hotéis”. Não há um contrato de arrendamento, até porque juridicamente funciona como alugar de uma caravana, e são passadas as respetivas faturas.

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