"Vamos ter muito trabalho. Esperamos que o vento não mude de direção", porque, senão, "pode ser um verdadeiro desastre para o concelho que, até agora, já soma muitos prejuízos causados pelo fogo", disse Amílcar Almeida à agência Lusa.
O fogo, que começou em Ervões, Valpaços, no distrito de Vila Real, já passou para o concelho vizinho de Chaves, deixado um "rasto de pequenos focos" espalhados por freguesias do concelho e que exigem "atenção".
Ainda sem terem sido apurados os prejuízos causados, o autarca avançou que esses são "elevados", nomeadamente ao nível das culturas.
"Os soutos foram muito afetados, há castanheiros totalmente consumidos pelas chamas que, infelizmente, já não vão produzir mais", frisou.
O presidente da câmara sublinhou o trabalho dos bombeiros que, em terreno íngreme e muito arborizado, conseguiram, até agora, evitar prejuízos maiores.
O fogo está com três frentes ativas, sendo o vento e as suas mudanças de direção o "maior obstáculo" ao combate às chamas.
Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o fogo, que deflagrou pelas 13:36, está a ser combatido por 365 bombeiros, apoiados por 113 viaturas.
Durante a tarde, o fogo chegou a ser combatido por seis meios aéreos.