Univ. Trás-os-Montes e Alto Douro quer campus carbono zero até 2030
O reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) anunciou hoje a criação um "campus carbono zero" até 2030, um projeto que inclui uma aposta na eficiência energética, numa ecovia e no combate ao plástico.
© Global Imagens
País UTAD
A academia instalada em Vila Real deu hoje início à semana de integração dos novos alunos e, segundo disse o reitor, António Fontaínhas Fernandes, todas as atividades que serão desenvolvidas têm como lema "a sustentabilidade", visam combater o uso do plástico e fazem uma aposta em boas práticas ambientais.
A UTAD quer diminuir o recurso ao plástico e, de acordo com o responsável, a partir de outubro, por exemplo, não vão ser mais usados copos de plástico em congressos ou 'workshops'.
Também a Associação Académica da UTAD está a banir os plásticos das suas atividades, apostando no uso do copo reciclável.
"Acho que se educa e muda pelo exemplo e o exemplo está em nós diminuirmos a utilização do plástico", frisou.
António Fontainhas Fernandes disse que a UTAD quer um "campus carbono zero" até 2030 e elencou que, para o efeito, a universidade tem um curso uma obra de requalificação dos espaços com vista à melhoria da eficiência energética.
O projeto, que implica um investimento de três milhões de euros, com financiamento comunitário pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR), passa pela utilização do sistema de iluminação Led ou pelo recurso à biomassa.
O reitor frisou que o objetivo passa por "baixar os custos energéticas em 50%" e pela diminuição "das emissões em 70%".
Vai ser ainda construída uma ecovia, que ligará os centros da cidade e da UTAD, num investimento de três milhões de euros.
A aposta passa pela criação de trilhos pendais, trilhos cicláveis, pelo transporte público e o objetivo é a "descarbonização" do campus e a "diminuição da taxa de ocupação do automóvel transformando os parques de estacionamento em jardins de estacionamento".
De acordo com o responsável, serão também requalificados os espaços desportivos da universidade.
"Em cada atividade e em cada medida que tomamos estamos a diminuir a pegada ecológica", sublinhou.
Este ano, na primeira fase de acesso ao ensino superior, a UTAD teve uma taxa de ocupação de estudantes de 92% das vagas, um aumento de 3% face ao ano anterior e o "melhor resultado na história da instituição".
O reitor da universidade transmontana destacou o valor superior a 80% de alunos que escolheram a instituição como primeira opção.
Para Fontaínhas Fernandes, a colocação de alunos na sua primeira opção é "uma questão fundamental para o país", pois aumenta a possibilidade de sucesso escolar, de manter os estudantes nas universidades e de estes terminarem no número de anos previstos.
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