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Relatório de queda de avião Lion Air culpa "Boeing, pilotos e manutenção"

Relatório final do acidente de aviação que matou, em outubro de 2018, 198 pessoas, foi divulgado esta sexta-feira pelas autoridades indonésias.

Relatório de queda de avião Lion Air culpa "Boeing, pilotos e manutenção"
Notícias ao Minuto

09:41 - 25/10/19 por Natacha Nunes Costa

Mundo Lion Air

O relatório final das autoridades indonésias sobre a queda do avião 737 MAX, que fazia o voo 610 da Lion Air e que provocou 198 mortos, a 29 de outubro do ano passado, foi divulgado esta sexta-feira.

De acordo com o documento, citado pela Associated Press, o aparelho despenhou-se, no mar ao largo de Java, devido a “falhas no design da aeronave [construído pela Boeing], treino inadequado [dos pilotos] e problemas de manutenção”.

Isto é, o avião da Lion Air caiu porque os pilotos nunca foram informados sobre os procedimentos a tomar caso tivessem que "responder rapidamente a falhas no sistema de controlo do avião" se o sistema automático não funcionasse e porque o aparelho tinha realmente vários problemas de construção. 

Segundo o Comité Nacional de Segurança em Transportes da Indonésia, o sistema automatizado, conhecido como MCAS, contava com um único sensor de "ângulo de ataque" que fornecia informações erradas, empurrando automaticamente o nariz do avião para baixo.

O relatório também identificou falhas anteriores, como o facto de o avião - que tinha começado a ser usado há apenas dois meses - ter tido problemas nos últimos quatro voos, incluindo um no dia anterior ao acidente fatal.

Este relatório das autoridades da Indonésia surge depois de um outro, divulgado em setembro por investigadores dos EUA, que concluiu que a Boeing e a Administração Federal de Aviação subestimaram a forma como demasiados avisos visuais e auditivos retardaria a capacidade de resposta dos pilotos.

Recorde-se que, o avião caiu 12 minutos após a descolagem na Indonésia, provocando a morte de todos os ocupantes do avião. O mês passado, em setembro de 2019, a Boeing concluiu um acordo amigável com 11 das 17 famílias das vítimas e aceitou pagar, por cada vítima, 1,2 milhões de dólares (cerca de 1 milhão de euros).

Apenas cinco meses depois deste acidente, em março deste ano, um voo da  Ethiopian Airlines, que utilizava o mesmo modelo da Boeing, caiu seis minutos após a descolagem, causando 157 mortes.

Depois destes dois acidentes, todos os jatos 737 Max foram suspensos, o que colocou a Boeing sob intensa pressão para explicar os problemas associados ao sistema MCAS.

A Boeing informou recentemente que os seus resultados caíram 51% no terceiro trimestre, para 1,1 mil milhões de dólares (cerca de mil milhões de euros) devido, sobretudo, a um aumento dos custos com o Max.

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