José Sócrates fez breves declarações aos jornalistas à chegada ao Tribunal, em Lisboa, para o quarto dia em que será ouvido no âmbito da Operação Marquês. "Estou muito confiante, muito tranquilo e muito satisfeito", referiu.
Questionado sobre se acredita que este será o último dia, o ex-primeiro-ministro respondeu que isso é algo que tem de ser perguntado "a quem comanda o interrogatório".
Ontem, no terceiro dia, criticou uma "declaração infeliz e imprópria" de Rosário Teixeira. "Hoje reparei numa declaração do sr. Procurador [Rosário Teixeira], nos jornais, de que no final faríamos contas e considero essa declaração perfeitamente infeliz e completamente imprópria", disse, na quarta-feira, acrescentando que "é muito revelador de tudo o que esteve na base deste processo, uma certa motivação pessoal".
Recorde-se que Sócrates está acusado de 31 crimes de crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, branqueamento de capitais, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada.
O processo Operação Marquês teve início há mais de cinco anos e conta com 28 arguidos que, globalmente, estão acusados de 188 crimes.
[Notícia atualizada às 13h42]