Em comunicado para assinalar o Dia da Floresta Autóctone, que hoje se comemora, a associação ambientalista Zero lembrou se iniciou uma nova legislatura e está em curso a preparação da programação da utilização de fundos comunitários para o período 2021-2027, oriundos da Política Agrícola Comum.
Por isso, a associação considera que deve ser definida uma "estratégia de aplicação coerente de verbas do Fundo Florestal Permanente e do Fundo Ambiental".
"É fundamental que sejam definidas orientações políticas com o intuito de se promover uma gestão florestal colaborativa que seja remunerada em função dos serviços de ecossistema que disponibiliza ao conjunto da sociedade", refere a Zero na nota.
A associação ambientalista defende também o financiamento da plantação de espécies autóctones, por exemplo as diversas espécies de carvalhos (espécies do género Quercus), incluindo o criticamente em perigo de extinção carvalho-de-Monchique (Q. canariensis), a cerejeira-brava (Prunus avium), o azereiro (Prunus lusitanica), o plátano-bastardo (Acer pseudoplatanus), o azevinho (Ilex aquifolium) ou o teixo (Taxus baccata), também em perigo de extinção.
A Zero considerou também que as políticas públicas devem remunerar adequadamente os proprietários que participem em Sociedades de Gestão Florestal e nas Unidades de Gestão Florestal por perdas de rendimentos resultantes da aposta em espécies autóctones, como os carvalhos, ou da simples afetação dos terrenos à criação de áreas com descontinuidade de combustível que previnam a propagação dos fogos.