É já em 2020 que o dia 5 de maio será assinalado, pela primeira vez, como o Dia Mundial da Língua Portuguesa. A decisão já tinha sido anunciada em outubro, e foi, esta segunda-feira, ratificada, em Paris, na Conferência Geral da UNESCO.
A oficialização foi assinada na sede da organização, por uma delegação portuguesa composta pelo primeiro-ministro, António Costa, pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, pela secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, e pelo Embaixador de Portugal na UNESCO, António Sampaio da Nóvoa.
No final da cerimónia, o primeiro-ministro sublinhou a importância da introdução do Dia da Língua Portuguesa pela UNESCO nos calendários oficiais.
"O reconhecimento pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) do 5 de maio como o dia oficial da língua portuguesa é muito importante para o reconhecimento global desta língua que é falada oficialmente em 9 países, quatro continentes e é a quinta mais utilizada no espaço da internet. E a língua tem de ter cada vez maior presença no domínio cultural e científico", começou por dizer o primeiro-ministro em declarações aos jornalistas em Paris.
De seguida, António Costa admitiu que a promoção do português "é uma prioridade" para o seu Governo.
"É um passo muito importante para os 260 milhões de pessoas que têm o Português com língua oficial e que é hoje a língua mais falada no hemisfério Sul e cuja dinâmica demográfica vai ter um certo crescimento no final do século", indicou o primeiro-ministro, garantindo que a promoção da língua é "uma prioridade fundamental da política externa" nacional.
O chefe do Governo realçou ainda que a língua portuguesa vai ter “um forte crescimento”, prevendo-se que, no “final do século, 500 milhões” de pessoas falem Português, uma “língua cada vez mais global”.
A ratificação desta segunda-feira oficializa a decisão já tomada no passado mês de outubro, quando todos os países lusófonos apresentaram esta proposta à UNESCO. Além de ter reunido a unanimidade de todos os países da CPLP, a proposta acabou por contar também com o apoio de 24 outros países, entre os quais o Luxemburgo, a Geórgia, a Argentina, o Chile e o Uruguai.
Recorde-se que é a primeira vez que uma língua nāo-oficial da UNESCO vê declarado um dia mundial.