Tragédia do Meco foi há seis anos. Famílias ainda aguardam respostas
Seis anos depois, os pais dos seis jovens que morreram no Meco enquanto realizavam uma praxe académica continuam a lutar nos tribunais.
© Global Imagens
País Tragédia do Meco
Seis jovens estudantes da Universidade Lusófona morreram em 15 de dezembro de 2013, na praia do Meco, após terem sido levados por uma onda enquanto realizam uma praxe académica.
Seis anos volvidos desde a tragédia que chocou Portugal, as famílias de Catarina Soares, Andreia Revez, Carina Sanchez, Joana Barroso, Tiago André Campos e Pedro Tito Negrão continuam sem ter respostas sobre o que aconteceu naquela noite em que apenas um jovem sobreviveu, João Gouveia - um estudante mais velho que estava a organizar as praxes daquele grupo.
Na altura, o sobrevivente explicou que as seis vítimas estavam sentadas no areal, com as mãos amarradas com bolas de Natal, quando uma onda as levou. Perante este depoimento as famílias levaram várias questões que colocavam em causa a descrição do jovem e, até hoje, João Gouveia remeteu-se ao silêncio sobre o que se passou no Meco.
Após ter sido interposta uma ação contra o estudante que sobreviveu pelos pais das vítimas, em 2015, o processo acabou por ser arquivado pelo Tribunal de Setúbal, depois de ter sido considerado que não havia indícios ou provas de crime.
Em janeiro de 2016, a decisão foi ainda sustentada pelo Tribunal da Relação de Évora, depois de as famílias terem pedido recurso. Ainda assim, os pais não baixaram os braços e as seis famílias avançaram com seis ações de responsabilidade civil, uma por cada jovem que morreu, contra João Gouveia e contra a Universidade Lusófona. Até hoje, aguardam o início deste julgamento.
As famílias das vítimas esperam ainda por uma decisão do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, na sequência de uma queixa que realizaram contra o Estado, sob o argumento de que o arquivamento do caso foi ilegal.
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