Mau tempo deixa "144 desalojados e 320 deslocados preventivamente"

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil fez o novo ponto de situação sobre as ocorrências relacionadas com o mau tempo ao início da noite deste sábado.

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Sara Gouveia com Lusa
21/12/2019 20:20 ‧ 21/12/2019 por Sara Gouveia com Lusa

País

Proteção Civil

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil fez o novo ponto de situação das ocorrências relacionadas com o mau tempo, a partir da Sede da ANEPC, em Carnaxide, onde deu conta de que já há cerca de 10.654 ocorrências registadas desde as 15h de quarta-feira.

Segundo o adjunto nacional de operações, Miguel Cruz, gerir todas estas ocorrências "é um trabalho bastante duro e exigente para conjugar os recursos que têm de estar ao mesmo tempo a fazer várias ocorrências e percorrer vários locais do território". "Obriga a um empenho muito significativo dos agentes de proteção civil, com especial incidência dos bombeiros", acrescentou. Há cerca de 34 mil operacionais envolvidos nas operações.

Os fortes efeitos do mau tempo, que se fazem sentir desde quarta-feira, já provocaram dois mortos, um desaparecido e deixaram "144 pessoas desalojadas e 320 deslocados preventivamente essencialmente no distrito de Coimbra devido à situação que se vive no rio Mondego".

Proteção Civil não teve, entretanto, registo de mais nenhum ferido ou morto devido ao mau tempo. Para as próximas horas, o responsável prevê que se passe para um "regime de vento durante esta noite, mantendo-se a agitação marítima forte, ainda mais forte do que foi até agora".

"Cuidados na circulação e permanência, quer em áreas arborizadas, quer também junto ao mar. Esse é um cuidado que as pessoas têm tido porque, efetivamente, não temos tido reporte de ocorrências relacionadas com atividade marítima, mas é um apelo que deixamos", sublinhou.

Para Miguel Cruz as duas situações de alerta neste momento são o Tejo e o Mondego. "Neste momento são as duas situações mais preocupantes, sendo que o Mondego pelo caudal que está a passar no açude de Coimbra é o que apresenta maior preocupação. O rio Tejo aparenta estar mais estabilizado e é expectável que não venha a ter o mesmo nível de impacto do Mondego", referiu.

Na circulação ferroviária, mantêm-se os cortes na linha do Norte, entre Alfarelos e Coimbra; na linha do Vouga, em Sarnadas; e na linha da Beira Alta, em Mangualde. O IP3 está cortado "em dois pontos, no concelho de Penacova e de Mortágua".

Só este sábado foram registadas 1.727 ocorrências em todo o território português, "muito associadas a quedas de árvores".

O mau tempo provocado pela depressão Elsa, entre quarta e sexta-feira, a que se juntou hoje o impacto da depressão Fabien, provocou também condicionamentos na circulação rodoviária e ferroviária, bem como danos na rede elétricaafetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.

IPMA já havia alertado para os efeitos da depressão Fabien, em especial no Norte e no Centro, estando previstos intensos períodos de chuva e vento forte de sudoeste, com rajadas que podem atingir 90 km/hora no litoral norte e centro e 140 km/hora nas terras altas.

Prevê-se que estes efeitos vão diminuindo e que se registe uma melhoria gradual do estado do tempo a partir de domingo.

Os distritos do Porto, Viana do Castelo, Aveiro, Coimbra e Braga vão estar entre as 21h de hoje e as 12h de domingo em aviso vermelho, devido à agitação marítima, a que se soma Vila Real, por causa de fortes rajadas de vento, que podem atingir 140 quilómetros/hora.

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