O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e o secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo, "lamentam profundamente a morte do motociclista Paulo Gonçalves, no Dakar 2020" e transmitem as condolências a "toda a família" e à sua "'família' desportiva", pode ler-se na nota de pesar emitida pelo Ministério da Educação.
No texto são salientadas duas "marcas indeléveis" da carreira de Paulo Gonçalves, a sua "ética e o altruísmo". O Ministério da Educação recorda ainda "a conquista do Campeonato Mundial de Todo-o-terreno da FIM, em 2013, e o segundo lugar no Rally Dakar de 2015", mas também o modo de estar de Paulo Gonçalves no desporto, colocando os seus princípios em primeiro lugar.
"O percurso do motociclista português na alta competição ficou marcado por colocar sempre na frente da sua ação os valores da ajuda, do companheirismo e da sã competição", afirma o Ministério da Educação, antes de lembrar um dos momentos protagonizados por Paulo Gongalves que ficou na memória.
"Há exatamente três anos, o mundo ficou a conhecer um gesto de Paulo Gonçalves, espelho da sua atitude no desporto e na vida, tendo acudido a um companheiro em apuros, em plena prova, em prejuízo da sua própria prestação. Essa atitude no Dakar 2016, entre outras que foi tendo ao longo do seu percurso desportivo, levou a que o IPDJ atribuísse ao motociclista o Prémio Nacional de Ética no Desporto de 2016. A própria Federação Internacional de Motociclismo atribuiu idêntica distinção", destaca o Ministério da Educação.
Paulo Gonçalves morreu este domingo após uma queda na sétima etapa do Dakar 2020, que decorre na Arábia Saudita. Tinha 40 anos.