Vila Verde: Homicídio de empresário senta viúva e filho no banco dos réus
O Tribunal Judicial de Braga começa na quarta-feira a julgar o caso do homicídio, em 2017, de um empresário de Vila Verde, em que são arguidos um filho e a mulher da vítima.
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País Braga
O arguido filho está acusado da prática de um crime de homicídio simples agravado pelo uso de arma de fogo, um crime de detenção ilegal de arma, um crime de simulação de crime e dois crimes de condução sem habilitação legal.
A mulher da vítima responde por detenção ilegal de arma e simulação de crime.
Segundo a acusação, deduzida pelo Ministério Público (MP), os factos remontam a 23 de outubro de 2017, dia em que o arguido, então com 20 anos, ao regressar a casa em Moure, Vila Verde, com o trator avariado, depois de ter estado a agricultar um campo, "foi verbalmente repreendido pelo seu pai, com insultos".
Gerou-se uma "violenta" discussão entre os dois, à qual se juntou também a arguida.
Na sequência dessa discussão, e segundo o MP, o arguido foi a casa buscar uma espingarda caçadeira municiada e dirigiu-se na direção do seu pai, de 52 anos, "com intenção de o matar, passando no trajeto pela arguida, que, ficando ciente desta intenção, nada fez para o demover".
Ainda de acordo com o MP, o arguido chegou junto do pai, que se encontrava debruçado procurando uma peça de ferramenta, visou-o com a arma de fogo e efetuou um disparo, atingindo-o no pescoço e matando-o.
De seguida, a arguida desfez-se da arma e, conjuntamente com o filho, colocou o corpo da vítima num furgão, que acabaram por deixar abandonado num descampado em Palmeira, Braga. O corpo só foi encontrado três dias depois do crime.
O MP considerou indiciado que os arguidos "atuaram num estado de desgaste emocional motivado pelas reiteradas agressões de que vinham sendo alvo por parte da vítima, ao longo do tempo".
O filho da vítima só foi detido em setembro de 2018, porque após o crime ausentou-se para França.
Ficou então em prisão preventiva. Em junho desse ano tinha sido detida a mulher, mas o juiz de instrução criminal deixou-a em liberdade.
A mulher também estava acusada pelo MP de homicídio, mas pediu abertura de instrução e o juiz decidiu não a pronunciar por esse crime.
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