Funcionária de "castigo" de pé durante horas? Pingo Doce esclarece
Fonte oficial do Pingo Doce esclarece que a funcionária em causa está suspensa e que decidiu, por sua iniciativa, apresentar-se na loja e ficar de pé junto às caixas. Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços - CESP diz que a trabalhadora "foi forçada a permanecer na entrada da loja, quase sempre de pé e sem qualquer função atribuída, após recusar uma proposta de despedimento".
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País Pingo Doce
O caso chegou ao Portal da Queixa no sábado passado, dia 22, e denunciava que uma funcionária do Pingo Doce de Avintes teria sido colocada de "castigo" na loja, durante as oito horas de trabalho, sem que lhe fosse atribuída qualquer tarefa.
"Venho por este meio tornar público a minha indignação pelo que assisti em pleno século XXI na loja Pingo Doce em Avintes. No dia 20 de fevereiro encontrava-se uma funcionária de castigo na frente de loja que não a deixam fazer nada, só está lá as suas 8 horas de turno. Isto é humilhação e desrespeito, isto é crime", lia-se na queixa.
A denúncia foi também exposta nas redes sociais e dava conta de que a funcionária teria estado naquela postura durante três dias.
Ao Notícias ao Minuto fonte oficial do Pingo Doce esclarece que "a funcionária em causa encontra-se suspensa preventivamente, sem perda de retribuição, devido a um processo disciplinar, no âmbito do artigo 354.º, n.º 2 do Código do Trabalho". O que significa que "a colaboradora não pode exercer funções no seu local de trabalho enquanto decorre o processo disciplinar", acrescenta.
A mesma fonte refere que "por motivo desconhecido", a funcionária "decidiu por sua iniciativa, e contra o que lhe tinha sido comunicado, apresentar-se na loja e ficar de pé junto às caixas, recusando-se a abandonar o local", situação que o grupo "lamenta profundamente". O Pingo Doce de Avintes, em Vila Nova de Gaia, sublinhe-se, opera em regime de franchising.
O caso está a ser acompanhado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços - CESP que denuncia que a trabalhadora, durante três dias, "foi forçada a permanecer na entrada da loja, quase sempre de pé e sem qualquer função atribuída, após recusar uma proposta de despedimento".
Acrescenta ainda o sindicato, numa nota publicada no site, que "são muitas as denúncias de repressão e intimidação nos locais de trabalho, e casos como este são cada vez mais comuns nas empresas da distribuição, junto com os baixos salários e os horários completamente desregulados". Como consequência deste "clima" nos locais de trabalho, tem aumentado o número de trabalhadores com baixas médicas neste sector, sublinha.
"O CESP denuncia o abuso do gerente de loja, comportamento que tem a anuência da empresa, e solidariza-se com a situação da trabalhadora, que tem tido o apoio do sindicato", termina.
Caso da funcionária que urinou na caixa
Na altura, fonte oficial da Jerónimo Martins confirmou ter tido conhecimento da denúncia, tendo o Pingo Doce procurado "apurar os factos". Contudo, apontou, "não existir conhecimento deste caso nem da parte das chefias nem da parte dos colaboradores". Por esse motivo, a empresa proprietária do Pingo Doce concluiu não ter encontrado "qualquer fundamento" para a denúncia em causa.
Versão distinta tinha o CESP. O sindicato, que acompanhou o caso, garantiu ter recebido a denúncia e referia que não ser a primeira vez que situações "lamentáveis" como aquela acontecem nas lojas do Pingo Doce, onde os trabalhadores são mantidos "abaixo dos mínimos".
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