À saída do Hospital de São João, no Porto, António Costa revelou, em declarações aos jornalistas, que teve a possibilidade de estar, dentro das medidas de segurança, com um dos dois pacientes que já teve a confirmação de estar contaminado com Covid-19.
"Pareceu estar com um bom estado de saúde e comunicámos por gestos", contou o governante.
Aos jornalistas, o primeiro-ministro explicou que se dirigiu ao estabelecimento de saúde do Porto, onde esteve durante cerca de uma hora e meia, para compreender "qual é a situação efetivamente existente, como é que tudo está preparado para receber eventuais necessidades de internamento ou de cuidados".
Após ter falado com os responsáveis do hospital, médicos, enfermeiros e profissionais de saúde, a resposta a estas perguntas foi bastante positiva, garantiu ainda o primeiro-ministro.
"Fiquei confortado com as garantias que foram dadas da capacidade que o hospital tem de poder gradualmente ir aumentando as áreas reservadas para quem tenha suspeita de estar contaminado com o novo coronavírus ou esteja, efetivamente, contaminado e possa ir escalando essa capacidade de acolhimento em função das necessidades", apontou.
Ao lado do chefe do Governo, Fernando Araújo, diretor do Hospital de São João, também tomou a palavra para sublinhar que a capacidade do Hospital de São João "acaba por ser adaptável relativamente à procura" e que, neste momento, apesar de estar a ser executado "o plano de contingência" há a "capacidade de alargar as condições caso seja necessário, nos próximos dias".
"Neste momento, temos apenas quatro casos internados e a nossa capacidade é bem maior que esse número, portanto, estamos adaptados relativamente à procura e vamos incrementado essa capacidade de oferta em termos de doentes ou de casos suspeitos", reforçou o responsável.
Duas mil camas só reservadas só para casos de Covid-19
António Costa aproveitou ainda para acrescentar que "no país, há duas mil camas reservadas para poderem ser afetas, exclusivamenta, a pessoas que tenham risco ou que sejam portadoras do novo coronavírus".
"Dessas duas mil, temos ainda 300 para casos que necessitem de cuidados intensivos", concluiu o primeiro-ministro recordando que caso o cenário de contaminação do Covid-19 se agrave em Portugal, para além da reorganização e adaptação do Serviço Nacional de Saúde haverá uma fase em que "muitos dos doentes que hoje estão internados - numa fase em que estamos em contenção da epidemia - podem perfeitamente estar em isolamento na sua própria casa".
É de recordar que os dois casos de infeção por Covid-19 estão internados no Porto, um no Santo António, outro no São João. De acordo com o último balanço, os dois encontram-se estáveis.
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