Governo fecha algumas escolas. Hospitais e prisões sem visitas no Norte

A ministra da Saúde e a Diretora-Geral da Saúde anunciaram as medidas para combater surto de coronavírus numa conferência de imprensa esta noite.

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Sara Gouveia
07/03/2020 20:50 ‧ 07/03/2020 por Sara Gouveia

País

Coronavírus

Numa conferência de imprensa, na noite deste sábado, a ministra da Saúde, Marta Temido, acompanhada pela Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, anunciou o encerramento de alguns estabelecimentos de ensino "como medida proativa, de precaução" para combater o surto de Covid-19 em Portugal.

"O encerramento proativo de alguns estabelecimentos deve acontecer numa fase em que o surto ainda está a começar", referiu Marta Temido, explicando que é na fase em que se encontra Portugal que se deve tomar essa decisão. "O encerramento de escolas não deve ser encarado com alarmismo", vincou.

Entre as escolas e universidades anunciadas estão: Escola Básica e secundária de Idães, em Felgueiras, a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, o ICBAS e o edifício onde se encontra o departamento de história da Universidade do Minho.

Foram ainda suspensas "temporariamente" visitas a hospitais, lares e prisões na região Norte do país, onde estão internados 15 dos 21 doentes com o novo coronavírus, anunciou Marta Temido.

Em Portugal, os casos de infeção subiram hoje para 21. Três dos pacientes têm menos de 20 anos e um quarto paciente, homem, tem menos de 30 anos. Os casos suspeitos são, de momento, 224.

Governo reavalia riscos nas próximas horas e admite mais medidas

O risco da epidemia do Covid-19 em Portugal será reavaliado nas próximas horas e medidas anunciadas hoje pelo Governo poderão ser alargadas nos próximos dias, admitiu também a ministra da Saúde.

"Dado que se aguardam ainda resultados de casos suspeitos validados em investigação, o risco que levou à determinação destas medidas será reavaliado nas próximas horas, durante o dia de amanhã, tomando-se ainda e dando conta das medidas julgadas necessárias oportunamente", afirmou a ministra Marta Temido.

Segundo Marta Temida, aquilo que as autoridades de saúde procuraram fazer foi dar um passo em frente em relação aos acontecimentos: "sabemos que para além dos cinco casos importados que temos no país, temos um deles com ligações muito fortes a um 'cluster', um pequeno grupo de doentes diagnosticados".

A ministra adiantou também que, dos contactos dos 412 casos que estão atualmente sob vigilância das autoridades de saúde no país, há mais de 200 que têm "ligação a um destes casos".

Pelo que, defendeu a governante: "Aquilo que a prudência e a necessidade de adoção das medidas proporcionais adequadas à salvaguarda da saúde pública recomendaram (...) foi este conjunto de medidas, que (...) em função da avaliação de risco poderão ser alargadas nas próximas horas ou nos próximos dias".

A ministra acrescentou que as autoridades de saúde estão neste momento a avaliar "se outras medidas serão necessárias".

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