Ordem dos Médicos do Centro cancela visitas a unidades de saúde

A Secção do Centro da Ordem dos Médicos (OM) cancelou hoje todas as deslocações dos seus dirigentes às unidades de saúde da região devido à epidemia do novo coronavírus.

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Lusa
10/03/2020 14:39 ‧ 10/03/2020 por Lusa

País

Covid-19

"As visitas, reuniões e restantes atividades no exterior serão reprogramadas, seguindo todas as recomendações oficiais", afirma em comunicado a Secção Regional da OM, presidida por Carlos Cortes.

Face à situação de emergência do Covid-19 e "como medida preventiva excecional", as reuniões dos órgãos diretivos da instituição "adotam o modelo de transmissão digital", acrescenta.

"A decisão de suspender temporariamente as deslocações aos hospitais e centros de saúde é uma medida excecional. Vamos reduzir a nossa atividade, no imediato, mas manteremos a nossa capacidade de resposta aos mais de 9.500 médicos associados", refere Carlos Cortes.

Citado na nota, o dirigente salienta que as reuniões dos órgãos do Conselho Regional da Ordem "serão todas efetuadas com recurso aos meios digitais".

Por outro lado, o Grupo de Acompanhamento do COVID-19, criado pela Secção Regional do Centro da OM, "está a monitorizar a situação do novo coronavírus, trabalhando para a melhor resposta a esta fase de risco, com serenidade e confiança nas melhores práticas médicas", informa ainda.

A estrutura já tinha iniciado "as restrições aos eventos organizados na sua sede, com o recurso à transmissão em direto".

Nas instalações, em Coimbra, "estarão apenas os oradores convidados para falar sobre os temas propostos, sendo que a participação dos interessados (...) se fará através do Facebook, site e canal de youtube" da Secção Regional da Ordem dos Médicos.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro de 2019, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.

Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas, em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

A quarentena imposta pelo governo italiano ao norte do país foi alargada a toda a Itália.

O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.

A China registou na segunda-feira mais uma queda no número de novos casos de infeção, 19, face a 40 no dia anterior, somando agora um total de 80.754 infetados e 3.136 mortos, na China Continental.

Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.

Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.

Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.

Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.

 

 

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