Os 31 utentes do lar de Famalicão que, no sábado, ficou sem funcionários devido à pandemia do novo coronavírus foram transferidos, na noite deste domingo, para o Hospital Militar do Porto, onde vão ficar provisoriamente instalados e em isolamento, disse esta segunda-feira fonte da autarquia famalicense à Lusa.
Segundo a mesma fonte, em causa estão 31 utentes, cuja transferência decorreu "sem incidentes".
Já segundo os bombeiros, 17 idosos foram transferidos de ambulância e os restantes num autocarro. "Estavam todos estáveis", garantiu fonte dos bombeiros.
Os utentes foram, entretanto, submetidos ao teste de diagnóstico ao novo coronavírus e vão, entretanto, ficar em isolamento.
A solução para estas “pessoas de alto risco” que vivem no lar, que ficou sem funcionários depois de oito deles terem sido diagnosticados com Covid-19 e os restantes em quarentena, foi “concertada entre a Câmara de Famalicão, a Proteção Civil distrital de Braga e as autoridades de saúde”.
No sábado à noite, a responsável do lar pediu "ajuda" para reintegrar os utentes ou arranjar pessoas "para ajudar". Segundo Teresa Pedrosa, a Segurança Social disse que, estando em causa " um lar privado, o caso tem que ser tratado com a Saúde Pública" e a delegada de saúde disse os utentes tinham de ficar no lar.
Antes do transporte, um fotojornalista da Global Imagens esteve no local onde registou o desespero que se viveu, durante várias horas, neste lar, como pode ver na galeria acima.
Recorde-se que, além de idosos, a Residência Pratinha acolhe também doentes com Alzheimer, Parkinson e até VIH.