Câmara da Mealhada entrega trabalhos escolares a alunos sem Internet

Os alunos da Mealhada que não dispõem de computador ou acesso à Internet mantêm ligação às respetivas escolas através dos serviços da autarquia, que servem de intermediário entre professores e alunos, foi hoje anunciado.

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Lusa
27/03/2020 10:32 ‧ 27/03/2020 por Lusa

País

Covid-19

 

"Há alunos de classes sociais desfavorecidas, dentro de um grupo de 150 que beneficiam de refeições gratuitas por se encontrarem no Escalão A, que ou não têm Internet em casa ou computador, ou as duas coisas, e a Câmara, para eles não serem prejudicados neste período de paragem de aulas, passou a levar a essas crianças e jovens, do 1.º ciclo do ensino básico ao 12.º ano (ensino secundário), os trabalhos escolares ditados pelos professores", resume fonte da autarquia.

Esta "ponte entre os docentes e os alunos", que deverá durar enquanto as escolas estiverem fechadas para tentar travar a pandemia da covid-19, está a ser feita em articulação com o Agrupamento de Escolas da Mealhada (AEM).

"O modo de funcionamento é simples: o AEM envia-nos 'e-mail' com os trabalhos, o Setor da Educação da Câmara imprime essas tarefas e encarrega-se de as deixar em oito locais estratégicos, de fácil acesso para os alunos, que depois levantam os trabalhos, realizam-nos em casa e voltam depois a deixar nos mesmos sítios", explica o presidente do município, Rui Marqueiro.

Para já, os pontos de entrega e recolha são o Centro Escolar Mealhada, Jardim de Infância de Antes, Jardim de Infância de Casal Comba, EB1 Barcouço, Jardim de Infância de Carqueijo, Jardim de Infância de Canedo, EB2 Pampilhosa e Centro Escolar Luso.

"Especialmente neste momento conturbado que vivemos, a Câmara está inteiramente disponível para ajudar em tudo o que possa facilitar o acesso das crianças/alunos e encarregados de educação às informações/aprendizagens na perspetiva de minimizar os constrangimentos inevitáveis da situação crítica que vivemos e nos afeta a todos", conclui Marqueiro.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 480 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 22.000.

Em Portugal, registaram-se 60 mortes, mais 17 do que na véspera (+39,5%), e 3.544 infeções confirmadas, segundo o balanço feito na quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 549 novos casos em relação a quarta-feira (+18,3%).

 

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