"Decorrido o prazo legal sem que tenha havido qualquer pronúncia pela administração central do Estado à proposta remetida" pela autarquia, em julho de 2019, o município de Coimbra tomou posse, na quinta-feira, do imóvel da Casa da Criança, em Taveiro, anunciou a Câmara, numa nota enviada à agência Lusa.
A tomada de posse do imóvel pelo município foi decidida no âmbito da transferência de competências para as autarquias, no domínio da "gestão do património imobiliário público sem utilização" (decreto-lei 106/2018).
No imóvel da Casa da Criança, há anos devoluto, "após a necessária intervenção de adequação à nova função", será instalada a Extensão de Saúde de Taveiro, no concelho de Coimbra, adianta a Câmara.
A Extensão de Saúde de Taveiro funciona, atualmente, em "instalações arrendadas em avançado estado de degradação, carecendo de obras de conservação profundas, sendo alvo de enorme insatisfação por parte da população e dos profissionais que lá trabalham", sublinha a Câmara.
A autarquia manifesta, entretanto, a sua "total disponibilidade para, em parceria com a Administração Regional de Saúde do Centro, colaborar na concretização rápida deste intento", que considera de interesse "comum".
Com a transferência das instalações, a Câmara pretende "assegurar a melhoria da qualidade de prestação de cuidados de saúde aos utentes desta zona geográfica de Coimbra", sublinha a mesma nota.
A Extensão de Saúde de Taveiro serve uma população de cerca de 5. 700 habitantes, oriunda maioritariamente das povoações de Taveiro e Ribeira de Frades, no concelho de Coimbra.
A Câmara aprovou em 2018, por unanimidade, uma proposta para a transferência da Extensão de Saúde de Taveiro, das atuais instalações, para a Casa da Criança, edifício que terá sido atribuído à extinta Assembleia Distrital de Coimbra e dependeria agora da Direção do Tesouro e Finanças.
Na proposta da transferência de instalação então aprovada, a vereadora da maioria socialista Regina Bento, sustentava que havia "um amplo consenso", tanto ao nível da população, como das juntas das uniões de Freguesia que encaminham utentes para esta Extensão (de Taveiro, Arzila e Ameal e de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades) e dos profissionais que trabalham ali.
As atuais instalações estão "cada vez mais inadequadas, tanto ao nível do seu estado de conservação, muito degradado, como ao nível da dimensão das áreas existentes para a prestação de cuidados, em condições pouco dignas e sem um mínimo de conforto para os seus utentes e profissionais", afirmava a vereadora.