Num comunicado enviado às redações, a Ordem dos Enfermeiros nos Açores alerta para a situação a nível nacional onde "um número crescente de profissionais" está afetado, "fazendo perigar a resposta que se quer adequada, atempada e articulada", em especial na fase atual.
Neste contexto, a Ordem nos Açores diz ter apelado à tutela no sentido de se "iniciar urgentemente a realização de testes, em tempo útil, a todas as equipas que neste momento asseguram cuidados".
Para a entidade, é preciso dar também início à realização de "testes periódicos a todos os profissionais, em particular aqueles que se encontram em áreas mais críticas da prestação, como sejam os lares, centros de diagnóstico pneumológico, serviços de urgência, serviços de infeciologia e de cuidados intensivos e áreas dedicadas à covid-19".
Para este efeito, e de forma a garantir a eficácia da decisão, a Ordem sugere que "os testes periódicos sejam realizados quando as equipas de profissionais fazem a rotação de descanso, devendo o teste ser feito no dia imediatamente anterior ao do seu regresso ao serviço, o que permitiria reduzir o risco de transmissão a outros profissionais e doentes".
A nota enviada à imprensa refere ainda que "a atual situação tem sido motivo de instabilidade e angústia entre os profissionais já diretamente abrangidos", pelo que "urge cumprir a determinação da Organização Mundial de Saúde (OMS), começando por testar todos os profissionais".
Em Portugal, registaram-se 76 mortes, mais 16 do que na véspera (+26,7%), e 4.268 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 724 novos casos em relação a quinta-feira (+20,4%).
Dos infetados, 354 estão internados, 71 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 112.200 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.