TST apela para compra de passes para assegurar postos de trabalho

A Transportes Sul do Tejo (TST) lançou hoje uma campanha para lembrar aos clientes a necessidade de continuarem a comprar os passes mensais, por forma a que a empresa possa assegurar todos os postos de trabalho.

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Lusa
27/03/2020 14:19 ‧ 27/03/2020 por Lusa

País

Coronavírus

 

"Ao comprar o seu passe está a fazer o que está certo, a mover os autocarros e a contribuir para a sustentabilidade do setor", disse a rodoviária da Península de Setúbal, que, segundo uma resposta escrita enviada à Lusa, regista uma redução de cerca de 80% no número de passageiros, desde que foi declarada a pandemia da covid-19. 

Para combater a propagação da doença, deixou de ser possível validar os passes e comprar títulos a bordo, o que, na visão da TST, "instalou na população um sentimento errado de que viajar de autocarro é gratuito".

No entanto, a empresa lembrou que a compra dos passes, "além de ser uma atitude responsável, permite aos muitos trabalhadores do setor assegurarem os seus postos de trabalho".

De acordo com a rodoviária, os passes podem continuar a ser adquiridos por multibanco, nas máquinas automáticas, na rede de agentes ou nas bilheteiras de Cacilhas, em Almada, no Montijo e em Setúbal, que permanecem em funcionamento.

Neste sentido, esclareceu também que "não será expectável que ocorram ajuntamentos de pessoas" para a compra dos passes, não só pelo "número de pontos disponíveis", mas também pela "redução de passageiros devido à pandemia".

"A manutenção do sistema de transportes só é possível através de uma atitude cívica e ética de toda a população que diariamente utiliza e depende do transporte público para assegurar a sua mobilidade", mencionou.

A TST, detida pelo grupo Arriva, desenvolve a sua atividade na Península de Setúbal, com 190 carreiras e oficinas em quatro concelhos: Almada, Moita, Sesimbra e Setúbal.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.

Em Portugal, registaram-se 76 mortes, mais 16 do que na véspera (+26,7%), e 4.268 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 724 novos casos em relação a quinta-feira (+20,4%).

Dos infetados, 354 estão internados, 71 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

 

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