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Sintra: Trabalhadores de monumentos que foram dispensados eram de reforço

A empresa que gere os monumentos do concelho de Sintra explicou hoje que os 25 trabalhadores temporários que dispensou tinham sido contratados para reforço, necessidade que já não se coloca com o encerramento ao público destes espaços.

Sintra: Trabalhadores de monumentos que foram dispensados eram de reforço
Notícias ao Minuto

17:05 - 30/03/20 por Lusa

País Covid-19

O esclarecimento da Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML) surge na sequência de um comunicado do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) em que acusa a empresa de despedir mais de duas dezenas de trabalhadores "em plena epidemia".

"Numa altura de uma situação nunca antes vista, em que o primeiro-ministro afirma que este não é o momento de fazer despedimentos, a PSML está a contribuir para uma segunda crise económica, que se não forem tomadas medidas concretas afetará tantas ou mais pessoas que a covid-19", sublinha o STAL.

O sindicato considera que os trabalhadores com vínculo temporário "já deviam ter sido integrados nos quadros da empresa".

Contudo, numa resposta escrita enviada à agência Lusa, fonte da PSML explicou que os trabalhadores que foram dispensados tinham sido contratados para reforço de pessoal, nomeadamente atendimento nas bilheteiras, lojas e cafetarias e apoio aos visitantes.

"Perante a atual situação de emergência nacional e a ordem expressa do Governo para encerrar todos os espaços culturais, como medida de combate à covid-19, a PSML viu-se obrigada a dispensar a colaboração de 25 trabalhadores temporários recentemente contratados", justifica a empresa.

No entanto, ressalva que falou com cada um dos trabalhadores, garantindo "retomar contacto assim que a normalidade for restabelecida".

A PSML foi criada em 2000 para gerir os parques históricos e monumentos do concelho de Sintra, no distrito de Lisboa, nomeadamente a Pena e Monserrate, o Castelo dos Mouros, o Convento dos Capuchos e os palácios nacionais de Sintra e de Queluz.

A empresa tem como acionistas (públicos) a Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (35%), o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (35%), o Turismo de Portugal (15%) e a Câmara Municipal de Sintra (15%).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, surgiu em dezembro do ano passado na China e já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.

Segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, já se registaram em Portugal 140 mortes e 6.408 casos de infeções por covid-19.

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